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Argentina amplia programa de controle de preços, com mais 100 produtos


Quarta-feira, 9 de abril de 2014 - 09h25

Tendo que lidar com uma das taxas de inflação mais altas no mundo, o governo da Argentina incluiu mais de cem bens de consumo em seu controverso programa de controle de preços. Estima-se que a inflação tenha ultrapassado os 30,0% ao ano com a desvalorização do peso argentino, em janeiro, e a prática do governo de financiar seus déficits por meio de impressão de dinheiro.


Em vez de fazer cortes de gastos, o governo da presidente Cristina Kirchner já havia passado a administrar  os preços de cerca de 200 bens de consumo básicos e quase duplicou a taxa básica de juros. Em vigor há três meses, o programa de controle de preços agora abrange 302 bens de consumo básicos, como o leite e o pão vendido por grandes redes de supermercados, informou nesta segunda-feira o secretário de Comércio, Augusto Costa.


Segundo ele, os preços dos 108 novos itens cairão em média cerca de 10,0%. Os limites de preços sobre os 194 produtos que estão no programa desde o início do ano subiram pouco mais de 3,0% durante o primeiro trimestre, afirmou.


"Adicionar produtos ao programa gera reduções substanciais dos preços", disse o secretário em entrevista coletiva. "O que estamos combinando com as empresas é que elas fornecem esses produtos a um preço fixo, porque a esse preço elas terão um lucro razoável."


O governo argentino também anunciou nesta segunda-feira (7/4) que o número de produtos com o preço de venda controlado vai mais que dobrar nas cadeias de supermercados regionais, para 176 itens. Os atacadistas que vendem para pequenas lojas também terão limites de preços em 58 produtos, disse Costa.


"Em alguns casos, os preços estão muito apertados. Isso reduz muito as margens de lucro. Você pode até estar provocando perda em alguns produtos, mas isso não colocará nenhuma empresa em risco", disse Fernando Aguirre, porta-voz dos grupos de supermercado CAS e FASA, cujos membros têm cerca de 3 mil lojas.


A administração da presidente Kirchner descreveu o programa como um esforço voluntário por parte das empresas e das autoridades para proteger o bolso dos consumidores. Mas as lojas e os fornecedores que não estocam todos os bens com os preços controlados enfrentam multas exorbitantes.


Em fevereiro, o governo multou varejistas locais e as subsidiárias da francesa Carrefour e a da americana WalMart por não estocar alguns itens.


Fonte: Dow Jones Newswires. 08 de março de 2014.



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