O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse na segunda-feira (17/6), em discurso, que o governo vai adotar medidas de apoio à cafeicultura, com a destinação de R$3,18 bilhões para financiar o custeio, comercialização, colheita e estocagem pelo produtor, além de capital de giro de empresas exportadoras e torrefadoras, e cooperativas.
Andrade afirmou que o governo vai colocar em prática a política de sustentação de preços e pretende retirar do mercado 10 milhões de sacas, por meio de leilões de opções e de equalização de preços (PEPRO) na venda do grão.
O diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Oliveira Silva, afirmou também nesta segunda-feira, durante a abertura do seminário comemorativo dos 50 anos da entidade, realizado no Instituto Rio Branco, que uma das principais preocupações é o impacto das mudanças climáticas no setor cafeeiro.
Silva lembrou que recentemente visitou cinco países na América Central para avaliar a incidência da ferrugem nos cafezais e encontrou lavouras a 1,60 mil metros de altitude afetadas pela doença. "Pragas que não existiam no passado foram incorporadas pelas mudanças climáticas."
Robério Silva afirmou que na próxima semana a OIC, em conjunto com a Organização Mundial para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), enviará uma missão à América Central para tratar de medidas práticas de combate à doença.
Fonte: Estadão Conteúdo. 17 de junho de 2013.
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