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Mudanças climáticas devem reduzir a produtividade das lavouras e aumentar o custo da criação de animais em países em desenvolvimento


Quinta-feira, 1 de novembro de 2012 - 09h07

Estudo do Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR, na sigla em inglês) publicado nesta quarta, dia 31, apontou que a produção de alimentos responde por quase um terço das emissões globais de gases do efeito estufa. De acordo com outra pesquisa divulgada também nesta quarta-feira pelo mesmo grupo, as mudanças climáticas devem reduzir a produtividade das lavouras e aumentar o custo da criação de animais em países em desenvolvimento.


Conforme o estudo Alterações Climáticas e Sistemas Alimentares, as emissões em todo o sistema alimentício - incluindo a fabricação de fertilizantes e o transporte e refrigeração de alimentos - totalizam entre 19% e 29% do total de gases do efeito estufa emitidos pelo homem.


"Não apenas as emissões provenientes da agricultura são muito maiores do que o anteriormente estimado, mas com temperaturas recordes sendo atingidas a cada mês (...) há uma necessidade urgente de pesquisa que ajude os pequenos agricultores se adaptarem", disse o diretor-executivo do grupo, Frank Rijsberman.


Pelos cálculos da Organização das Nações Unidos (ONU), só a agricultura responde por aproximadamente 14% de todas as emissões globais de gases do efeito estufa. No entanto, a ONU pondera que o setor tem potencial para retirar grandes quantidades de carbono da atmosfera.


O CGIAR também divulgou outro estudo, "Recalibrar a Produção de Alimentos no Mundo em Desenvolvimento", que aponta que os rendimentos do milho, arroz e trigo vão diminuir em muitos países em desenvolvimento com o aumento das temperaturas e menor previsibilidade de chuvas. De acordo com a pesquisa, as mudanças climáticas podem fazer com que a produtividade de lavouras irrigadas de trigo e arroz em países em desenvolvimento caiam mais de 10% até 2050. O estudo salientou ainda que, em função disso, o custo da ração usada na criação de animais deve aumentar nesses locais e a disponibilidade de peixes deve ficar mais restrita, porque eles são particularmente suscetíveis ao aumento das temperaturas e maior concentração de sal no oceano.


Fonte: Ruralbr. Pela Redação. 31 de outubro de 2012.



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