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Com seca prolongada e custos elevados, leite tem nova alta em outubro


Quinta-feira, 1 de novembro de 2012 - 09h05

O preço do leite recebido pelos produtores em outubro referente à produção entregue em setembro subiu 1,3% em relação ao mês anterior, com média de R$0,8097/litro (preço líquido), de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) - a média é ponderada pelos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA. O preço bruto, que inclui frete e impostos, foi para R$0,8808/litro. Em relação a outubro de 2011, porém, o recuo é de 5,5% em termos reais, ou seja, descontando-se a inflação (IPCA) do período.


Pesquisadores do Cepea indicam que essa terceira alta consecutiva é consequência da oferta reduzida de leite, dada a estiagem prolongada em várias regiões do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, e da finalização da safra sulista. Além disso, os custos de produção de leite estão quase 20% mais elevados que no mesmo período de 2011 (dados de setembro). O encarecimento da alimentação concentrada é o item que mais pesa, limitando, inclusive, investimentos dos produtores.


Em setembro, o Índice de Captação de Leite (ICAP-Leite/CEPEA) registrou queda de 0,5% em relação a agosto. As variações foram relativamente pequenas nos sete estados da pesquisa. A queda mais expressiva, em torno de 2%, foi verificada em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul; em Goiás, a diminuição foi de 1,8%. Em Minas Gerais e no Paraná, o índice ficou praticamente estável. Em São Paulo, houve aumento em torno de 2%. Em relação a setembro de 2011, o índice esteve 1,3% superior. Considerando-se acumulado em doze meses, houve aumento de 2% frente aos 12 meses anteriores.


A menor oferta de leite tem elevado os preços também no mercado atacadista. De acordo com dados do Cepea, no atacado de São Paulo, o preço médio do leite UHT em outubro teve aumento de 3,1% frente ao mês anterior, com média de R$1,89/litro. O valor é praticamente estável se comparado a outubro/2011. No caso do queijo muçarela, houve alta de 3,5% no período, com média de R$11,13/kg. Em relação a outubro do ano passado, entretanto, registra-se queda de 2,7% em termos nominais.


Nesse cenário, a maior parte dos agentes de mercado consultados pelo Cepea espera que os preços do leite tenham estabilidade ou alta para o próximo pagamento. Para novembro (referente à produção entregue em outubro), 54% dos compradores de leite entrevistados (que representam 33% do volume amostrado) acreditam em estabilidade de preços. Para 44% dos laticínios/cooperativas (que respondem por 64% do volume de leite da amostra) deve haver alta de preços, e apenas 2% dos entrevistados, que representam 3% do volume amostrado, acreditam em queda de preços.


A maior alta de preços foi novamente observada no estado de Goiás, de 3,7%. A média foi para R$0,8572/litro (valor líquido), a maior entre os estados pesquisados que compõem a média "nacional". Em Minas Gerais, houve ligeiro aumento de 0,3%, com média de R$0,8233/litro. No estado de São Paulo, o preço médio aumentou 0,9%, com o litro a R$0,8422.


No Espírito Santo, o preço médio líquido foi de R$0,8005/litro em outubro, alta de 2,8% frente a setembro. No Rio de Janeiro, houve aumento de 4,9%, com média de R$0,8868/litro. Em Mato Grosso do Sul, houve ligeira queda de 0,3%, com média de R$0,7092/litro.


No Rio Grande do Sul, a alta foi de 0,9%, com o litro a R$0,7457. Em Santa Catarina, com o acréscimo de 1,6%, a média foi para R$0,7887/litro. No estado paranaense, houve alta de 1,9%, com média de R$0,7859/litro.


Na Bahia, o preço médio foi de R$0,8053/litro, aumento de 1,5% frente ao mês anterior. No Ceará, a alta foi de 3%, com média de R$0,8519/litro.


Fonte: Ruralbr. Pela Redação. 31 de outubro de 2012.



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