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Scot Consultoria

O que esperar para esta entressafra?


Sexta-feira, 15 de julho de 2011 - 14h43

O mercado deu sinais de que o ritmo de alta do preço do leite pode perder força em curto prazo. Será? A ideia deste artigo é analisar justamente os fatores baixistas e altistas que rondam o mercado de leite. Pressão sobre os preços ao produtor no Sul do País O motivo desse cenário foi a recuperação da produção, em função das pastagens e/ou culturas de inverno. Segundo o Índice Scot para a Captação de Leite, o volume captado pelos laticínios e cooperativas no Rio Grande do Sul subiu 2,5% em junho. Santa Catarina e Paraná registraram altas de 2,4% e 1,4%. Em Minas Gerais e Goiás, por outro lado, a produção variou de estável a ligeira queda no período. Importações de lácteos Outro fator baixista é o grande volume de produtos lácteos importados chega, principalmente de leite em pó. Foi assim em 2009 e 2010 e não está diferente este ano. Em 2011, a média tem sido de 7,4 mil toneladas de leite em pó importadas por mês. O ano passado, o volume médio mensal foi 4,2 mil toneladas do produto (figura 2). Preços no varejo Foi verificada queda de preços para alguns produtos na ponta final da cadeia, na última quinzena de junho e primeira semana de julho. Sinal de que as recentes altas podem ter prejudicado a demanda por lácteos. As férias também podem estar prejudicando o consumo. O leite longa vida (UHT), que subiu 18% de janeiro a maio, ficou mais barato. Em São Paulo, o consumidor pagou, em média, R$2,23/litro, queda de 4,7% desde o pico em maio (R$2,34/litro). Os preços dos queijos caíram ligeiramente. Considerando a média de todos os tipos pesquisados houve recuo de 4,9% na primeira semana de julho na comparação com junho. De olho no clima Do outro lado da balança, como fator que pode manter a firmeza do mercado estão os possíveis efeitos do frio e geadas sobre a produção de leite. No Sul, geou nas últimas semanas de junho e começo de julho. O fenômeno ocorreu também em algumas partes do Centro-Oeste, além de São Paulo e Minas Gerais. A pesquisa da Scot Consultoria mostra que não estão descartadas perdas nessas regiões. Por fim, é preciso ficar de olho na demanda e preços dos lácteos no varejo. Dados parciais mostram que os preços dos lácteos voltaram a subir na segunda quinzena de julho nos supermercados e padarias. A expectativa para este ano é de que o pico de preço para o produtor ocorra no pagamento de julho, mas dependendo das perdas na produção, pode ocorrer em agosto.
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