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Argentina quer aumentar a produção para exportar mais


Sexta-feira, 28 de maio de 2010 - 11h18

Há cerca de uma década a produção argentina de leite varia muito próxima a 10 bilhões de litros anuais (figura 1). O equivalente a 2% da produção mundial de leite. Existe falta de estímulo ao aumento da produção, pois a forte instabilidade política na Argentina não atrai novos investimentos ao setor. Ainda mais porque o setor é fortemente dependente do mercado interno, que consome cerca de 80% do leite produzido no país. PLANO PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO Devido a preocupação com o desenvolvimento do setor, foi criado o Plano Estratégico Leiteiro 2020 (Plan Estratégico Lechero – 2020). No último ano, muitas das grandes indústrias de lácteos da Argentina fecharam suas contas no vermelho. E estas empresas possuem significativa representatividade no setor: nove delas captam cerca de 55% do leite produzido no país. O Plano visa organizar toda a cadeia produtiva e estimular as indústrias e os produtores de leite na Argentina para ampliar a produção para 18 bilhões de litros em dez anos. Além disso, a idéia é ficar entre os quatro maiores exportadores de lácteos do mundo até lá, com 50% da produção sendo destinada ao mercado externo. Uma das maiores preocupações do Plano é viabilizar economicamente as explorações leiteiras de pequena escala. Assim como ocorre no mundo todo, o processo de concentração na produção atinge a Argentina, em função da diminuição das margens dos produtores e necessidade de escala. Segundo o ex-coordenador do Programa Nacional de Política do Leite e atualmente assessor da CRA (Confederação Rural Argentina), com o aumento da produção, a idéia é mudar o perfil da Argentina da condição atual de exportador em função da produção excedente, para um país estruturalmente organizado para exportar lácteos. Além do mais, é sempre uma surpresa quando e qual será a próxima intervenção do governo no setor e o mercado externo pode ser uma garantia para o escoamento da produção e melhores margens. Uma maior produção de leite também ajudaria no aumento do consumo per capita no país, que já é um dos maiores do mundo (195 litros/ habitante/ ano). REPRESENTATIVIDADE DO SETOR A Argentina tem um rebanho leiteiro de 3,5 milhões de cabeças (1,5 milhões de vacas ordenhadas) distribuído em 11,17 mil estabelecimentos. Possui cerca de 850 laticínios que empregam diretamente 30 mil pessoas. Um setor bastante representativo para o país.
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