Os preços dos lácteos no mercado internacional estão em recuperação. Na verdade, ainda estão longe dos patamares de antes da crise econômica mundial, mas já se recuperaram significativamente desde então, com o reaquecimento da economia.
COM A CRISE
Com a crise, o preço do leite em pó na Europa e Oceania, os dois maiores exportadores, caiu bruscamente.
O preço da tonelada caiu de R$4,5 mil para R$2,5 mil, uma retração de 44% (figura 1).
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) as exportações mundiais de leite em pó, com a diminuição da demanda, caíram 18%. Caíram de 1,9 milhão em 2007 para 1,56 milhão de toneladas métricas em 2008.
Lembrando que o impacto da crise foi concentrado no último trimestre, daí tamanha retração dos preços.
RECUPERAÇÃO
As exportações mundiais neste ano devem crescer 1%.
Trata-se de um crescimento comedido, mas é preciso considerar que durante quase todo o ano os efeitos da crise eram evidentes e que, somente nos últimos dois meses, os preços se recuperaram.
Observando os preços plotados na figura 2 fica evidente a recuperação econômica.
Os preços subiram 75%. A cotação da tonelada métrica do leite em pó subiu de R$2,0 mil para R$3,5 mil.
Para os outros produtos lácteos, 2009 deve fechar com preços em recuperação. A exceção é para os queijos e leite desnatado.
O USDA estima que as importações de queijos devam cair 2,4% neste ano, repetindo o desempenho negativo de 2008, cuja queda foi de 11,5%.
As importações de leite em pó desnatado devem fechar o ano com queda de 9%.
Já as importações de manteiga devem crescer 5,8% em 2009 na comparação com 2008, depois de uma queda de 35% em 2008.
A economia dos países em desenvolvimento está se recuperado de forma mais significativa do que a dos países desenvolvidos e, nesses mercados, o consumo é voltado aos produtos mais acessíveis, como leite em pó (em detrimento de queijos e leite em pó desnatado).
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