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Scot Consultoria

Como está o mercado nos Estados Unidos


Sexta-feira, 26 de dezembro de 2008 - 14h00

Os Estados Unidos estão entre os maiores produtores e exportadores de leite e lácteos do mundo, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Portanto, modificações na sua produção e comercialização no mercado interno e externo podem trazer mudanças ao setor em todo o mundo. MUDANÇAS Segundo uma análise da Federação Nacional dos Produtores de Leite dos Estados Unidos, depois da recente crise financeira mundial, o mercado de lácteos norte-americano passou a depender mais da movimentação da oferta e da demanda do mercado externo do que do comportamento no próprio País. Em relação à demanda, a produção de leite nos Estados Unidos aumentou modestamente em 1,2% ao longo de 2008 (até o início de dezembro), permitindo uma projeção de aumento entre 0,25% e 0,75% em 2009. O principal fator para a desaceleração da produção para o próximo um ou dois anos será de fato a crise. A maior parte dos financiadores agrícolas está saudável e tem lucrado com os empréstimos aos produtores. Eles possuem dinheiro para emprestar, especialmente para as operações de clientes regulares. Entretanto, no médio e longo prazo, os financiamentos podem tornar-se difíceis de acontecer. Não porque as condições de empréstimos mudaram, mas porque o cenário mudou. Uma nova atividade ou expansão da mesma, que aparentemente era rentável há 18 meses, agora não é mais assim considerada. Portanto, as taxas de juros quase que dobraram e os preços projetados estão bem menos favoráveis, dificultando o crédito. Entretanto, outros fornecedores estão mais fortes no mercado internacional. Os mercados europeus apresentam excedente de produção. A produção na Nova Zelândia caiu 3% entre 2007 e 2008 mas deve crescer algo próximo a 8,0% entre 2008 e 2009, também facilitando a colocação dos produtos no mercado externo. Estes dois fornecedores são grandes concorrentes para os Estados Unidos nos mercados asiáticos, onde a demanda cresce forte nos últimos anos. DEMANDA A contaminação de leite chinês por melamina diminuiu a confiança dos chineses pelo próprio leite e derivados. Com isso, reduções substanciais na procura por lácteos têm sido reportadas por mercearias e outros estabelecimentos na China. Em função disso, o governo chinês está limitando as possíveis oportunidades que esse medo por produtos nacionais poderia provocar, impondo severas restrições nas importações de lácteos. O efeito psicológico e o fato da economia mundial ter a probabilidade de ficar mais lenta nos próximos anos estão contribuindo para a demanda diminuir nos países em desenvolvimento. Era nestes países que o mercado de lácteos vinha crescendo em maior proporção. Especificamente nos Estados Unidos, a modesta impulsão na demanda por lácteos, conforme os preços caem, não deve ser equivalente à perda das exportações. NOS ESTADOS UNIDOS Os preços dos lácteos nos Estados Unidos continuam caindo. O preço do leite em pó exportado caiu US$0,90 por libra em novembro. As exportações norte-americanas estão em queda, conforme os produtos da Oceania substituem os norte-americanos no mercado mundial. Os preços mundiais de exportação da manteiga caíram US$1,15 por libra em novembro, mas as cooperativas dos Estados Unidos conseguiram manter os preços através da manutenção das exportações. Já os preços dos queijos estão variando acima das cotações mundiais em função do mercado doméstico firme até o momento. Em 2009, a crise financeira internacional irá definir a demanda no mundo. O fornecimento de leite dos Estados Unidos deve estar garantido, mas estão crescendo os exportadores com custo mais baixo e estes podem tornar-se grandes competidores dos lácteos norte-americanos.
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