A demanda firme e o início tardio da safra deram sustentação ao mercado do leite em 2010. Os preços ao produtor subiram, ainda que ligeiramente, nos três últimos meses.
Entretanto, em curto prazo, o aumento da oferta de matéria prima deve pressionar para baixo as cotações.
SUDESTE
No Sudeste o aumento na cotação do leite no pagamento de dezembro foi mais tímido.
Em Minas Gerais, o preço ficou estável e o produtor recebeu, em média, R$0,738/litro pela produção de novembro.
A captação aumentou em 52% dos laticínios pesquisados.
No mercado spot, leite comercializado entre as indústrias, os preços caíram 2% frente ao mês anterior. Em dezembro, os negócios ocorreram em R$0,79/litro.
Em São Paulo o preço do leite subiu 0,8% na comparação com o último pagamento. O produtor recebeu, em média, R$0,780/litro.
O atual valor é 15% maior que o verificado em igual período de 2009.
Em algumas regiões como Avaré, Vale do Paraíba e Oeste Paulista, os valores máximos chegaram a mais de R$0,90/litro.
Para o próximo pagamento, a tendência é de estabilidade em 90% dos laticínios consultados. Os 10% restantes apontam queda.
SUL
Na região Sul foram verificadas as maiores altas para o produtor.
No Paraná o leite subiu 4,5%, em Santa Catarina reagiu 1% e no Rio Grande do Sul o aumento foi de 6,9% em relação ao pagamento de novembro.
A produção foi prejudicada pela falta de chuva. Somente em meados de dezembro as condições das pastagens melhoraram.
No pagamento de janeiro a tendência é de estabilidade, mas quedas não estão descartadas.
NORDESTE
No Nordeste a oferta de leite está aumentando, em função da concentração de partos (que vai de dezembro até março) e do final do período seco.
Apesar dos reajustes no pagamento de dezembro (1% a 5% conforme o estado), a expectativa é de preços estáveis para janeiro.
No atacado e varejo alguns produtos, como os queijos, registraram queda de preço.
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