Clima: falta de chuva pode dar sustentação aos preços

O preço do leite ao produtor caiu nas principais bacias leiteiras do país. No pagamento de agosto, referente ao leite entregue em julho, as quedas variaram entre 1,0%, em São Paulo, e 6,8% em Santa Catarina. SUDESTE Em Minas Gerais, o leite ao produtor caiu, em média, 6% desde o pagamento de maio. O valor médio pago em agosto, R$0,726/litro, é 7% menor em relação ao mesmo período do ano passado. O volume captado ficou estável em 42% dos laticínios pesquisados, sendo que em 29% a captação subiu. Para o pagamento seguinte, o mercado está indefinido: 45% das empresas falam em manutenção dos preços, enquanto 45% apontam para queda. O mercado de queijo, de grande importância no estado, melhorou ligeiramente em agosto e pode colaborar com os preços ao produtor. Em São Paulo, a queda não chegou a 1% no pagamento de agosto. O produtor recebeu, em média, R$0,759/litro, 9% acima da média nacional. No mercado spot paulista os negócios ocorreram em R$0,73/litro (preço médio bruto). Em agosto, a movimentação foi menor. Em 59% das empresas consultadas no estado a expectativa é de queda de preço do leite ao produtor (entre R$0,02 e R$0,04/litro). É preciso considerar, no entanto, que o clima seco pode repercutir em menor oferta de matéria prima para as indústrias. Para as duas primeiras semanas de setembro, há previsão de chuvas apenas no Sul do Brasil. No Sudeste e Centro-Oeste as chuvas devem voltar gradualmente ao longo de outubro. SUL Na região Sul o preço do leite caiu 4,1% no Paraná, 5,0% no Rio Grande do Sul e 6,8% em Santa Catarina. Foram as maiores quedas observadas no pagamento em questão. A produção aumentou em quase 100% das empresas pesquisadas. RONDÔNIA E PARÁ Mesmo com uma captação menor em função da seca, o preço do leite pago ao produtor caiu 4,2% no Pará e 2,7% em Rondônia. Em algumas empresas o volume captado foi entre 15% e 30% menor. A tendência para o pagamento de setembro é de manutenção ou queda das cotações. O mercado dependerá em parte do clima e do desempenho do mercado de queijos, que segue devagar em Rondônia.
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