Questões climáticas adversas e a queda natural na curva de produção de leite repercutiram em uma menor oferta para a indústria.
Com isso, o preço do leite ao produtor subiu. A exceção foi a região Nordeste, onde o volume captado é crescente.
SUDESTE
Na principal bacia leiteira do país,
Minas Gerais, o preço do leite subiu 2,2% no pagamento de fevereiro.
Em média, o produtor recebeu R$0,65/litro, 11% acima do verificado no mesmo período de 2009.
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, 60% dos laticínios pesquisados captaram menos leite.
A menor oferta aumenta a concorrência entre as indústrias.
No mercado spot (leite comercializado entre as indústrias) a procura aumentou. Os negócios ocorreram em R$0,73/litro em fevereiro (alta de 20% em relação a janeiro).
No Leste mineiro, a falta de chuva e o calor intenso têm prejudicado a produção.
Em
São Paulo, o produtor recebeu, em média, 2,5% a mais pelo leite no pagamento de fevereiro.
O preço mínimo no estado foi de R$0,54/litro, enquanto o máximo chegou a R$0,75/litro. Em média, o
produtor recebeu R$0,70/litro, o maior valor entre todas as praças pesquisadas (figura 1).
No mercado spot paulista os negócios, em muitos casos, ocorrem acima de R$0,80/litro (posto na fábrica).
Para o próximo pagamento, a tendência é de alta em 88% das empresas consultadas.
SUL
No Sul do país, a situação é semelhante: os produtores estão recendo mais pelo litro de leite devido aos fatores mercadológicos, de demanda e problemas na produção.
A captação diminuiu em 76% das empresas na região, sendo que em alguns casos, houve diminuição de até 20% no volume coletado.
As altas variaram entre 2% e 6% na comparação com o pagamento anterior.
CENTRO-OESTE
A concorrência aumentou também no Centro-Oeste.
Em
Goiás, o leite ao produtor subiu 5% e, com isso, os valores ficaram mais próximos da média nacional. Veja a figura 2.
“A concorrência aumentou também no Centro-Oeste.”
Na comparação com Minas Gerais, no entanto, o valor do leite pago em Goiás fechou 2,5% menor em fevereiro.
No
Mato Grosso do Sul e no
Mato Grosso, os produtores receberam, em média, R$0,51/litro e R$0,55/litro, respectivamente.
NORDESTE E NORTE
No Nordeste, a captação de leite, em janeiro, foi maior que em dezembro na maioria dos laticínios pesquisados.
Dessa forma, o preço do leite ao produtor caiu.
Na
Bahia, principal bacia leiteira da região, as quedas somam 15% desde o pagamento de setembro (figura 3).
Em fevereiro, o produtor baiano recebeu, em média, R$0,59/litro.
Em
Pernambuco e no
Maranhão o produtor está recebendo 18% menos em relação ao pico registrado em setembro/outubro.
Para o próximo pagamento a tendência é de estabilidade na região. Apesar da maior oferta de leite, as vendas no varejo melhoraram, ajustando o mercado.
É preciso destacar, no entanto, que março e abril são os meses mais prováveis de chuva na região, o que deve provocar aumento na produção. Dessa forma, os preços podem voltar a cair.
Em
Rondônia, o leite subiu 2% e o produtor recebeu, em média, R$0,50/litro. O preço máximo chegou em R$0,57/litro.
No
Pará, as cotações ficaram estáveis em R$0,45/litro, uma das menores verificadas no país.
“Na Bahia, principal bacia leiteira da região Nordeste, as quedas somam 15% desde o pagamento de setembro.”
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