O preço do leite pago ao produtor sofreu forte queda no pagamento de outubro (produção de setembro). O aumento da oferta de leite é o principal fator baixista, além é claro das vendas fracas de lácteos.
SUDESTE
Em Minas Gerais, principal bacia leiteira do país, o produtor recebeu, em média, R$0,713/litro, queda de 7,7% em relação ao pagamento anterior.
O volume de leite capitado aumentou em 70% dos laticínios no Estado.
Com isso, para o próximo pagamento algumas empresas já falam em remuneração do leite excesso ou extra cota.
No mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias) os negócios ocorreram, em média, em R$0,67/litro.
Em São Paulo, o preço ao produtor caiu 10% no acumulado dos dois últimos meses.
No pagamento de outubro, referente à produção de setembro, o preço mínimo ficou em R$0,58/litro (preço bruto) e o preço máximo R$0,84/litro.
Em média o produtor paulista recebeu R$0,756/litro (figura 1).
No Sudeste, chama a atenção a forte queda do leite verificada no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, 12% em média.
SUL
Na região Sul a produção está em alta. A capitação aumentou em 100% das empresas consultadas.
Cabe destacar, no entanto, que as fortes chuvas prejudicaram a produção em algumas regiões.
Em Santa Catarina o produtor recebeu 9,5% menos na comparação com o último pagamento.
O Paraná é o Estado que melhor remunera o produtor no Sul do País. Em média, R$0,703/litro, 2,9% acima da média brasileira.
CENTRO-OESTE E NORDESTE
Em Goiás, o preço do leite ao produtor retornou aos patamares verificados no mesmo período de 2008, R$0,664/litro.
As chuvas têm ajudado a manter as pastagens em boas condições, levando a um aumento da produção.
No Nordeste, por outro lado, a produção deve começar a aumentar a partir de novembro/dezembro.
Na Bahia, o preço do leite caiu 2,3% depois de quatro meses de alta. Para o próximo pagamento, em 71% dos laticínios pesquisados a expectativa é de queda.
Nos demais Estados o leite subiu.