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Scot Consultoria

Captação menor no Sudeste força alta no preço pago ao produtor


Segunda-feira, 30 de março de 2009 - 12h54

O mercado de leite está reagindo e, em algumas regiões, o volume captado pelas empresas já foi menor. Como conseqüência desta reação no mercado e da falta de matéria-prima, o preço do leite pago aos produtores subiu em algumas praças. Veja, a seguir, um resumo do mercado nas principais bacias leiteiras do país. SUDESTE Em março, o preço do leite pago ao produtor em Minas Gerais, referente ao leite entregue em fevereiro, reagiu 1,33% em relação ao pagamento anterior. Em média, o produtor recebeu R$0,596/litro (figura 1). A oferta de leite vem diminuindo no Estado por causa do final do período de safra e dos preços baixos que desestimularam muitos produtores. Este último fator, levou alguns produtores a aumentar o descarte de vacas leiteiras para o abate, fato que também colaborou para a menor produção. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, 72% das empresas relataram um menor volume captado em fevereiro. Para o próximo pagamento, 50% das empresas consultadas acreditam em novos reajustes no preço do leite pago ao produtor. No mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias), os preços reagiram diante da menor captação de leite pelos laticínios mineiros. Em média, os negócios ocorreram a R$0,65/litro, alta de quase 15% em relação a fevereiro. Em São Paulo, o preço pago ao produtor permaneceu praticamente estável, com ligeira alta de 0,30% em relação ao pagamento anterior. Em março, o produtor recebeu, em média, R$0,677/litro, pelo leite entregue em fevereiro. O volume de leite captado pelos laticínios paulistas também caiu em 75% das empresas pesquisadas. As exceções foram, em geral, nas regiões mais tecnificadas. Para o pagamento de abril a tendência é de alta. O mercado “spot” em São Paulo está aquecido e os preços reagiram, em média, 5% em relação a fevereiro, ficando cotado em R$0,64/litro. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, a menor oferta de leite também resultou em acréscimo no pagamento de março, pelo leite entregue em fevereiro. Houve alta de 1,11% no Rio de Janeiro e, 2,74% no Espírito Santo, com tendência de alta para o pagamento de abril, principalmente no Rio. CENTRO-OESTE Em Goiás, o preço do leite pago ao produtor subiu pelo terceiro mês consecutivo. No entanto, o aumento observado em março, quase 3%, foi superior aos anteriores, o que indica que o movimento de alta está ganhando força. Em média, o produtor goiano recebeu R$0,606/litro. As maiores médias foram registradas na região de Rio Verde, R$0,616/litro e as menores, na região de Catalão, R$0,592/litro. Assim como no Sudeste, a pecuária leiteira está chegando ao fim da safra no Centro-Oeste. Mais da metade dos laticínios pesquisados apontaram redução na captação em Goiás. Em abril, o produtor deve ter novos aumentos no preço do leite. O leite no mercado “spot” ficou cotado a R$0,64/litro, alta de 6,41% em relação ao mês passado. No Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, apesar da menor produção observada em fevereiro, o preço do leite pago ao produtor recuou, em média, R$0,01/litro. REGIÃO SUL Na região Sul, a captação de leite continua caindo. No Paraná, 80% das empresas consultadas receberam menos leite em fevereiro. No pagamento de março, referente ao leite entregue em fevereiro, o produtor recebeu, em média, R$0,607/litro, alta de 1,38% em relação ao pagamento anterior. Foi o terceiro mês de alta no Estado. Em Santa Catarina, o aumento foi maior, 2,60% e o preço médio pago ao produtor ficou em R$0,585/litro. O Rio Grande do Sul foi o único Estado na região Sul que registrou leve queda no preço do leite. Depois de três meses de alta, houve recuo de 0,91% no pagamento ao produtor que, em março, recebeu, em média, R$0,580/litro, pelo leite entregue em fevereiro. A captação de leite continua menor, em função da entressafra no Sul. Segundo as empresas pesquisadas, a produção na região começa a aumentar a partir de julho com as pastagens de inverno. A tendência para o próximo pagamento é de manutenção nos preços. NORDESTE No Nordeste, o leite caiu em todas as praças pesquisadas, exceto no Ceará, onde o preço está estável em R$0,610/litro. Em alguns Estados as chuvas melhoram as condições das pastagens e a produção segue em alta. Na Bahia, principal bacia leiteira do Nordeste, o preço médio do leite pago ao produtor foi de R$0,587/litro. O preço do leite já acumula queda de quase 13% desde julho de 2008, quando começou a cair. Em Alagoas, foi onde o preço do leite pago ao produtor mais caiu no país, 6,82% em relação ao pagamento anterior. O preço médio foi de R$0,610/litro. Alagoas era o Estado que melhor remunerava o produtor no Nordeste até o pagamento passado. Atualmente, é Pernambuco, que apesar do recuo de quase R$0,02/litro, pagou ao produtor R$0,644/litro. NORTE Em Rondônia a captação começou a cair e a concorrência entre as empresas forçou aumento no pagamento em março, referente ao leite entregue em fevereiro. Em média, o produtor recebeu R$0,506/litro, alta de 8,82% em relação ao mês anterior. Foi o maior aumento observado no país (figura 2). Para o pagamento que vem, a tendência é que os preços sejam mantidos. No Pará, o produtor continua recendo R$0,44/litro.
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