As exportações brasileiras de lácteos cresceram pelo segundo mês consecutivo. É o que mostram os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), analisados pela Scot Consultoria.
Em março, foram embarcadas aproximadamente 4,4 mil toneladas em produtos lácteos (US$10,1 milhões), 16,8% acima do volume verificado em fevereiro.
O faturamento em dólares, no entanto, caiu 4,4% no período, sinal de que os negócios foram fechados em patamares de preços mais baixos.
IMPORTAÇÕES
Do lado das importações, uma boa notícia. Em março, as compras brasileiras caíram 24% em relação a fevereiro, totalizando 5,3 mil toneladas (US$14,9 milhões).
O volume de leite em pó importado é decrescente desde janeiro. Em março, o país comprou 82,3% menos na comparação com o mesmo período de 2009. Veja a figura 1.
Apesar disso, as importações superaram as exportações. O déficit da balança comercial de lácteos, em março, foi de US$4,8 milhões.
No acumulado de 2010 o saldo da balança é negativo em US$22,6 milhões.
Para se ter idéia, no mesmo período de 2008 (ano bom para as exportações), o saldo foi de US$43,8 milhões (positivo).
PRODUÇÃO DE LEITE NA EUROPA
A Europa começa a sentir os reflexos da forte queda do preço do leite ao produtor em 2009, que culminou na saída de muitos deles da atividade e na diminuição dos investimentos.
Na França, a produção de leite, em fevereiro deste ano, foi 2,5% menor que no mesmo mês de 2009. Na Espanha, a queda foi de 2,2% e na Bulgária chegou a 17,5%.
No Reino Unido a produção acumulada na safra 2009/10 está em 12,819 bilhões de litros, 39 milhões de litros a menos (0,3%), quando comparada a 2008/09.
O mercado firme e menos ofertado repercutiu nos preços do leite em pó.
Na Europa, a cotação do produto subiu 6,7% em dois meses. Os negócios ocorrem, em média, em US$3.560,00/tonelada (figura 2).
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