No mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos lácteos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços ficaram praticamente estáveis (queda média de 0,1%) na segunda quinzena de abril, em relação à primeira metade do mês.
O consumo interno vem reagindo a passos lentos e este fato não sustentou as cotações na segunda metade do mês, período em que normalmente cai o consumo, depois de quatro quinzenas de valorizações consecutivas.
Os produtos que registraram quedas nas cotações foram a ricota fresca (-4,9%), a coalhada (-2,3%), o leite pasteurizado tipo C (-0,9%), e o requeijão (-0,3%).
No caso do leite longa vida (UHT) houve ligeira queda, de 0,2%, comparado com o início do mês.
Destacamos o queijo muçarela, que não apresentava valorizações nos preços desde a primeira quinzena de janeiro de 2018 e que teve alta de 1,4% na segunda quinzena de abril.
A expectativa é de um crescimento na demanda por queijos no país nos próximos meses, com a queda na temperatura no Centro-Sul. Por enquanto, os incrementos na procura têm sido tímidos.
Outros derivados lácteos que tiveram alta de preços na segunda quinzena de abril comparada com a primeira quinzena foram: creme de leite, achocolatado, manteiga, leite em pó e leite condensado, com reajustes de 1,0%, 0,8%, 0,4%, 0,3% e 0,2% respectivamente.
Tabela 1.
Preços dos lácteos no mercado atacadista (média de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná) em R$/embalagem.
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
No mercado varejista, considerando a média de todos os produtos lácteos pesquisados pela Scot Consultoria, em São Paulo, os preços subiram 0,4% na segunda quinzena de abril, em relação à primeira metade do mês.
O leite longa vida teve alta de 2,4%. Foi a maior valorização desde julho do ano anterior. O produto ficou cotado, em média, em R$3,10 por litro.
Aumentos nos preços também foram registradas para a coalhada fresca (7,5%), queijo prato (4,5%) leite fermentado (2,3%) leite em pó (1,7) e queijo muçarela (0,5%).
Já os derivados lácteos que tiveram queda foram: iogurte natural (2,1%), queijo minas frescal (-2,0%), achocolatado (-1,1%) manteiga (0,9%), requeijão (-0,5%) e leite condensado (-0,5%).
Para o curto e médio prazos a expectativa é de alta nos preços dos produtos lácteos tanto no atacado como no varejo.
O período de entressafra nas principais regiões de produção leiteira no país é um fator de sustentação das cotações da matéria-prima (leite cru) e dos derivados, no entanto, a intensidade deste aumento dependerá de como evoluirá o consumo interno, que pode atuar como fator limitante.
Tabela 2.
Preços dos lácteos no varejo em São Paulo - em R$/embalagem.
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
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