O leite longa vida (UHT), principal lácteo comercializado no mercado interno, ficou mais caro em setembro no atacado.
O aumento de 5,75% foi motivado pela queda da produção em algumas regiões, em função do clima seco e conseqüente redução da oferta de matéria prima para a indústria.
O preço médio praticado pelas indústrias está 8,5% mais alto em relação a setembro de 2009.
No varejo, depois da desvalorização de 14% registrada de abril a agosto, o preço do longa vida subiu, em média, 3,2%. Em São Paulo, o litro do produto foi vendido por R$1,89 (preço médio).
Com as recentes quedas, a demanda por UHT melhorou, mas existe espaço para crescimento.
Da mesma forma, o leite pasteurizado teve alta de 3,85%, em média, nos supermercados.
O leite em pó e os queijos, por outro lado, ficaram mais baratos em setembro.
No caso dos queijos, a queda para o consumidor foi, em média, de 6% em relação a agosto, com destaque para a mussarela que caiu 11%.
Os preços em baixa demonstram que o consumo de queijo caiu, forçando os varejistas a estreitarem suas margens de comercialização, embora a captação reduzida de matéria prima tenha forçado reajustes no atacado.
Por fim, em curto prazo o consumidor pode se deparar com preços mais altos, principalmente, para os leites fluidos. A oferta de leite para a indústria deve seguir menor até que as pastagens se recuperem.
O custo da alimentação em alta diminuiu os investimentos e reflete diretamente na produção.
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