A trajetória de alta nos preços do mercado atacadista de produtos lácteos foi interrompida em maio.
Considerando todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, a desvalorização média foi de 1,2% em relação ao mês anterior. Embora a variação seja pequena, demonstra uma mudança de comportamento.
Apesar da menor captação de matéria prima (leite cru), o preço do leite longa vida (UHT) recuou.
O aumento de preço verificado nos meses anteriores começou a repercutir nas vendas do produto. As indústrias que priorizaram a produção de UHT trabalham agora com estoque.
O preço médio do longa vida no atacado (R$1,75/litro) é praticamente o mesmo verificado em igual período de 2009.
Nos supermercados e padarias de São Paulo, o leite UHT recuou 1,4%. Vale destacar que nos quatro primeiros meses de 2010 o produto se valorizou 33%.
Para o leite em pó a queda no varejo foi mais representativa, 9%. Com as exportações do produto patinando, a oferta no mercado interno é maior, fragilizando os preços.
Os queijos subiram tanto no varejo quanto no atacado. O consumo desse produto aumenta em períodos frios do ano.
Além disso, a menor produção de leite ajuda a elevar os preços. Em maio, o aumento médio para o consumidor foi de 3,5%.
A partir de agora a tendência é que a captação de leite estabilize e, com isso, a pressão altista sobre os preços dos produtos lácteos deve se reduzir. Lembrando que em julho, com as férias escolares, o consumo de lácteos diminui.