Demanda baliza mercado de produtos lácteos

No mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços dos lácteos subiram 0,3% na segunda quinzena de julho, em relação à primeira metade do mês.

A manteiga e a coalhada puxaram a alta. Os preços subiram 2,7% e 2,5%, respectivamente, no período.

O leite longa vida também ficou mais caro em relação a primeira metade de julho. O litro ficou cotado, em média, em R$2,22, uma alta de 1,8%.

Foi a valorização mais expressiva do produto desde a segunda quinzena de março.

De qualquer maneira o longa vida está 8,2% mais caro em relação ao mesmo período do ano passado. 

As vendas dos produtos láteos melhoraram na segunda quinzena de julho em relação às quinzenas anteriores, quando as indústrias se viram forçadas a diminuir os preços para escoar os estoques.

Os laticínios vêm captando menos desde janeiro, período de entressafra leiteira.

As vendas lentas nos últimos meses, no entanto, têm balizado mais os preços do que a própria escassez de matéria prima no mercado.

Ainda que em queda, a captação está maior que no mesmo período do ano passado. Este é outro fator que tem limitado as altas dos preços.

No mercado varejista, considerando a média de todos os produtos pesquisados, os preços dos lácteos ficaram estáveis na segunda metade de julho em relação a primeira quinzena do mês.

O leite longa vida teve ligeira alta, de 0,4% ou R$0,01 por litro.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a cotação está 1,1% menor. O litro ficou cotado em R$2,74 na segunda quinzena de julho.

A dificuldade do varejo em impor preços maiores para este produto indica a dificuldade no escoamento dos estoques.

Os preços vêm patinando desde maio.