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Lucro da Bunge cresce e alcança US$2,35 bilhões

Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 -09h48
Após um 2009 difícil, a Bunge voltou a apresentar um resultado robusto em 2010. A multinacional fechou o ano passado com um lucro líquido de US$2,35 bilhões, desempenho 6,5 vezes superior aos US$361 milhões registrados no ano anterior. O aumento no lucro, em parte, foi impulsionado pelo aumento das vendas da empresa, que fecharam 2010 em US$45,7 bilhões, um avanço de 9% sobre os US$41,92 bilhões de 2009.

Antes de descontar impostos, amortizações e depreciações (Ebitda), o lucro da Bunge no ano passado foi de US$3,22 bilhões, 7,3 vezes superior ao de 2009. A recuperação de 2010 foi atribuída à melhora significativa nos negócios de fertilizantes.

A divisão de fertilizantes, que teve um prejuízo de US$616 milhões em 2009, reverteu o resultado e fechou o ano passado com um lucro bruto de US$2,34 bilhões.

As operações com a comercialização de grãos (agronegócio) geraram um lucro bruto de US$840 milhões, um aumento de 3% sobre o ano anterior. Os negócios com farelos processados geraram um lucro de US$67 milhões, alta de 16%. O lucro com as operações de óleos comestíveis foi de US$80 milhões, 56% menor do que o resultado de 2009.

Entre todos os negócios da Bunge, as operações de açúcar e bioenergia foram as únicas que tiveram um prejuízo bruto. O resultado negativo foi de US$13 milhões no ano passado, depois de um lucro de US$8 milhões em 2009. “Os sólidos resultados nas operações de agronegócio e alimentos e ingredientes foram inibidos pelas dificuldades em açúcar e bioenergia. A queda no processamento de cana reduziu a produção devido ao clima seco no Brasil, além do início das atividades de algumas usinas contribuírem para os resultados abaixo do esperado para o período”, disse Alberto Weisser, presidente global da Bunge.

O executivo considera que a empresa entra 2011 em um bom momento. A Bunge deve inaugurar neste ano novas instalações para processamento de soja no Vietnã e na China, além do terminal de exportação de grãos no noroeste do Pacífico, que deve entrar em operação até o começo da nova safra americana.

“Quando olhamos para frente, vemos que os preços elevados vão dar aos agricultores o incentivo necessário para produzir safras maiores, que ajudarão na formação de estoques. Por enquanto, a volatilidade do mercado e as preocupações sobre os preços dos alimentos se manterão”, diz Weisser.

Fonte: Valor Econômico. Por Alexandre Inácio. 11 de fevereiro de 2011.