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Brasil perde oportunidades pela falta de eficiência no transporte de cargas

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 3 de maio de 2006 -12h50
De acordo a Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC e Logística) o Brasil perde, todos os anos, várias oportunidades de negócios em conseqüência da falta de infra-estrutura logística no transporte.

Um dos casos mais graves é a falta de infra-estrutura no Centro-Oeste brasileiro. A maior parte da safra nacional agrícola é produzida nessa região e as rodovias – principal forma de escoamento da produção – são poucas e estão em péssimas condições.

O setor de transportes de cargas gera R$42 bilhões por ano, emprega diretamente 3 milhões de pessoas e movimenta 746 bilhões de toneladas. E de acordo com a NTC e Logística, dentre as questões mais urgentes que devem ser estudadas para contribuir para o desenvolvimento do setor está a legislação que disciplina a atividade e a carga tributária. Questões legais prejudicam e oneram ainda mais o transportador por causa da tributação diferenciada entre as diversas modalidades.

De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), frente a outras atividades econômicas, o transporte rodoviário de cargas é o que está sujeito à maior carga tributária do Brasil, passando de 60%. Enquanto o operador logístico de transporte consegue uma margem de lucro de 8%, o Estado ganha 56%, sete vezes mais.

Não fossem os problemas com preços baixos, questões sanitárias, dólar desfavorável, os agricultores brasileiros ainda tem que passar pelos altos custos no transporte da produção. Assim fica difícil estimular o desenvolvimento econômico de um País. (MGT)