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Peso do frango muda por lei
Quarta-feira, 17 de novembro de 2010 -09h03
Embora o frango moderno tenha um potencial genético capaz de levá-lo a pesar até mais de três quilos em condições normais de criação, tradicionalmente quem determina o peso final à idade de abate é o mercado, aqui implícita não só a melhor relação custo/benefício, mas também as condições de oferta e procura. Curiosamente, porém, o último aumento de peso observado no frango brasileiro foi determinado... por lei. Explicando:
No comunicado em que justifica a atualização de suas projeções em 2010, a APINCO comenta que, por hábito, coteja seus números com aqueles publicados pelo IBGE referentes ao peso médio do frango abatido no Brasil em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal). E sempre encontra grande congruência entre eles.
Isso, porém, não ocorreu com os números relativos ao segundo trimestre de 2010, divulgados no final de setembro passado: os resultados do IBGE mostraram um frango cujo peso estava significativamente acima dos padrões habituais – ainda que estes registrem uma evolução contínua no decorrer do tempo.
O AviSite fez referência a essa evolução em matéria de outubro passado (vide “Na última década peso médio do frango aumentou 11%”). Mas, embora aparente no gráfico, na análise passou despercebida a indicação de que, no segundo trimestre de 2010, o peso médio do frango inspecionado aumentou mais de 3% em relação ao trimestre anterior, ocorrência que, em condições normais e em tão curto espaço de tempo, é praticamente impossível.
A APINCO atentou para essa anomalia. E, analisando suas possíveis causas, constatou que ela coincide com a proibição de produção, a partir de abril de 2010, da carne de frango levemente temperada. A conclusão aparente, pois, é a de que – para manter o volume de oferta até então obtido com o frango “aditivado” – o setor aumentou o tempo de criação e, com ele, o peso à idade de abate, um procedimento claramente perceptível nos levantamentos do IBGE, que reúne dados do SIF e das inspeções estaduais e municipais.
Essa é, aparentemente, a primeira vez em que o peso médio do frango aumenta em função de uma determinação legal.
Fonte: AviSite. 16 de novembro de 2010.
No comunicado em que justifica a atualização de suas projeções em 2010, a APINCO comenta que, por hábito, coteja seus números com aqueles publicados pelo IBGE referentes ao peso médio do frango abatido no Brasil em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal). E sempre encontra grande congruência entre eles.
Isso, porém, não ocorreu com os números relativos ao segundo trimestre de 2010, divulgados no final de setembro passado: os resultados do IBGE mostraram um frango cujo peso estava significativamente acima dos padrões habituais – ainda que estes registrem uma evolução contínua no decorrer do tempo.
O AviSite fez referência a essa evolução em matéria de outubro passado (vide “Na última década peso médio do frango aumentou 11%”). Mas, embora aparente no gráfico, na análise passou despercebida a indicação de que, no segundo trimestre de 2010, o peso médio do frango inspecionado aumentou mais de 3% em relação ao trimestre anterior, ocorrência que, em condições normais e em tão curto espaço de tempo, é praticamente impossível.
A APINCO atentou para essa anomalia. E, analisando suas possíveis causas, constatou que ela coincide com a proibição de produção, a partir de abril de 2010, da carne de frango levemente temperada. A conclusão aparente, pois, é a de que – para manter o volume de oferta até então obtido com o frango “aditivado” – o setor aumentou o tempo de criação e, com ele, o peso à idade de abate, um procedimento claramente perceptível nos levantamentos do IBGE, que reúne dados do SIF e das inspeções estaduais e municipais.
Essa é, aparentemente, a primeira vez em que o peso médio do frango aumenta em função de uma determinação legal.
Fonte: AviSite. 16 de novembro de 2010.