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Bolívia: potencial adormecido

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 8 de março de 2006 -12h50
Estimativas da Scot Consultoria com base em números da FAO (órgão das Nações Unidas responsável por questões relacionadas à agricultura e alimentação) e do governo boliviano apontam que a pecuária bovina de corte da Bolívia, em termos de tecnificação, é uma das mais atrasadas do continente sul-americano.

A taxa média de desfrute – animais abatidos em relação ao rebanho total - gira em torno de 15,3%. No Brasil, por exemplo, chega a 20%. Na Argentina, se aproxima de 28%.

A taxa média de natalidade não ultrapassa os 55%. A mortalidade de bezerros chega a 8%; a idade média de abate é de 4,5 anos e, a taxa de lotação, está em 0,2 U.A./ha, sendo que 1 U.A. (unidade animal) equivale a 450 kg de peso vivo.

A taxa de lotação pode ser considerada baixíssima. Isso porque cerca de 65% a 70% das áreas de pecuária da Bolívia ainda são ocupadas por pastagens nativas. Sem contar as deficiências de manejo, nutrição de solo, etc.

No Brasil, para se ter uma idéia, a taxa de lotação é de aproximadamente 0,7 U.A./ha. Também não é alta, mas é 250% superior à boliviana.

De toda forma, o atraso não deixa de ser um indicativo do enorme potencial para o desenvolvimento da pecuária boliviana através da incorporação de tecnologia.

A adoção de técnicas relativamente simples, principalmente relacionadas à mineralização dos animais, reforma e melhoria do manejo das pastagens, poderia alavancar de forma significativa a produção de carne bovina na Bolívia. (FTR)