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Do boi se aproveita tudo, até a história
por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 1 de março de 2006 -14h11
Um conhecido ditado afirma que do boi só não se aproveita o berro. Ledo engano. Do boi se aproveita tudo, inclusive o berro, utilizado na composição de trilhas sonoras de filmes, novelas e canções.
Hoje tem até boi artista. Vide exemplo do touro Bandido, que já conta com cachê de dar inveja a muitos famosos das telinhas.
Mas o que muita gente não sabe é que esse animal é uma verdadeira fábrica de matéria-prima. Além da carne, fornece também o couro, utilizado na fabricação de sapatos, cintos, bolsas, estofados, etc.
E não pára aí. O couro dá origem, por exemplo, à gelatina neutra, e essa, por sua vez, pode ser utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia e fotográfica.
O sebo bovino é utilizado na indústria química, de tintas, de explosivos, de pneus, de alimentos, de cosméticos, de velas, e por aí vai. Pode, inclusive, ser transformado em biodiesel, uma de suas mais novas atribuições.
Cascos e chifres sãos usados em artesanato, na fabricação de madripérolas e pérolas artificiais. Quando moídos, entram na composição de pó de extintores.
São apenas alguns exemplos, para não nos estendermos demais. Mas saibam que também há uso para a bílis, para mucosas e glândulas, para os pelos, para os ossos, sangue, etc.
Estima-se que, caso sejam interrompidos os abates bovinos no país, mais de 40 segmentos industriais, dos mais variados, seriam obrigados a paralisar suas atividades.
E agora, até a história do boi encontrou serventia. A Império da Casa Verde, escola campeã do Carnaval de São Paulo em 2006, utilizou como enredo a pecuária, com foco na saga do gado Nelore no Brasil.
A história da pecuária se confunde com a própria história do Brasil. Enquanto o homem ia desbravando o território nacional, o boi era deixado para manter os espaços ocupados.
Tem-se hoje, no Brasil, um rebanho bovino de mais de 190 milhões de cabeças, para uma população de cerca de 180 milhões de pessoas. Aproximadamente 22% do território nacional, o que equivale a 70% das áreas agrícolas, é ocupado por pastagens. O país se destaca como segundo maior produtor e principal exportador de carne bovina do planeta, gerando, de forma direta, algo em torno de 7 milhões de empregos.
São feitos que realmente mereciam uma boa homenagem. Um enredo campeão.
Parabéns ao Império de Casa Verde e à pecuária nacional. (FTR)
Hoje tem até boi artista. Vide exemplo do touro Bandido, que já conta com cachê de dar inveja a muitos famosos das telinhas.
Mas o que muita gente não sabe é que esse animal é uma verdadeira fábrica de matéria-prima. Além da carne, fornece também o couro, utilizado na fabricação de sapatos, cintos, bolsas, estofados, etc.
E não pára aí. O couro dá origem, por exemplo, à gelatina neutra, e essa, por sua vez, pode ser utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia e fotográfica.
O sebo bovino é utilizado na indústria química, de tintas, de explosivos, de pneus, de alimentos, de cosméticos, de velas, e por aí vai. Pode, inclusive, ser transformado em biodiesel, uma de suas mais novas atribuições.
Cascos e chifres sãos usados em artesanato, na fabricação de madripérolas e pérolas artificiais. Quando moídos, entram na composição de pó de extintores.
São apenas alguns exemplos, para não nos estendermos demais. Mas saibam que também há uso para a bílis, para mucosas e glândulas, para os pelos, para os ossos, sangue, etc.
Estima-se que, caso sejam interrompidos os abates bovinos no país, mais de 40 segmentos industriais, dos mais variados, seriam obrigados a paralisar suas atividades.
E agora, até a história do boi encontrou serventia. A Império da Casa Verde, escola campeã do Carnaval de São Paulo em 2006, utilizou como enredo a pecuária, com foco na saga do gado Nelore no Brasil.
A história da pecuária se confunde com a própria história do Brasil. Enquanto o homem ia desbravando o território nacional, o boi era deixado para manter os espaços ocupados.
Tem-se hoje, no Brasil, um rebanho bovino de mais de 190 milhões de cabeças, para uma população de cerca de 180 milhões de pessoas. Aproximadamente 22% do território nacional, o que equivale a 70% das áreas agrícolas, é ocupado por pastagens. O país se destaca como segundo maior produtor e principal exportador de carne bovina do planeta, gerando, de forma direta, algo em torno de 7 milhões de empregos.
São feitos que realmente mereciam uma boa homenagem. Um enredo campeão.
Parabéns ao Império de Casa Verde e à pecuária nacional. (FTR)