De segunda para terça-feira a cotação do boi gordo recuou R$0,50/@, ou 1%, em São Paulo, saindo de R$52,00/@, a prazo, para descontar o funrural para R$51,50/@, nas mesmas condições.
No entando, em dólares, passou de US$24,14/@ para US$24,09, recuo de apenas 0,2%. Isso porque a cotação da moeda norte-americana, no mesmo período, caiu de R$2,154 para R$2,138, atingindo o menor valor desde abril de 2001.
E não deve parar por aí. Analistas de câmbio acreditam que, no curto prazo, o dólar pode cair a R$2,10.
Como acontece com qualquer commodity, os preços internos do boi gordo são fortemente influenciados pela cotação do dólar, seja pelo efeito sobre os custos de produção das indústrias e pecuaristas, seja pelo aumento das exportações de carne, seja pelo fato de que 70% do couro bovino brasileiro é negociado no mercado internacional, e por aí vai.
Como os frigoríficos não conseguem interfirir no comportamento do câmbio, a saída, mediante a valorização do real, é tentar derrubar os preços internos do boi, afim de conter o aumento em dólares.
A estratégia só não dá certo quando há reduzida disponibilidade de animais para abate. Afinal, a lei da oferta e da procura impera. Independentemente da margem, as indústrias têm contratos a cumprir.
Porém, hoje, é safra. E apesar da oferta não se mostrar tão elevada quanto em safras anteriores, os frigoríficos têm conseguido avançar com as escalas. Em síntese, as pressões baixistas podem aumentar.
Veja mais informações em “Mercado do boi gordo”. (FTR)