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Aftosa na Argentina
por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006 -17h38
Agora foi a vez dos nossos vizinhos.
O Serviço Nacional de Segurança Agroalimentar da Argentina (Senasa) anunciou a descoberta de um foco de febre aftosa em San Luis del Palmar, norte da província de Corrientes, perto da fronteira com o Paraguai (olha eles de novo!).
De imediato serão sacrificadas 70 cabeças do mesmo rebanho. A região foi cercada e colocada em quarentena. Medida padrão.
Agora é esperar para ver como a comunidade internacional irá avaliar o caso argentino. Se virão embargos, e por parte de quem; se serão totais ou parciais, e por aí vai.
É possível que a aftosa argentina favoreça o Brasil. O Chile, por exemplo, que até outubro do ano passado era o quarto maior cliente brasileiro, barrou a carne tupiniquim e passou a importar principalmente carne da terra do tango.
A Europa, por sua vez, não foi tão radical. Levantou embargo parcial contra o Brasil, mas também passou a se abastecer com maior frequência na Argentina.
Agora os compradores precisam fazer uma avaliação de “risco” (as aspas se justificam, afinal, tecnicamente, praticamente não há risco): é melhor continuar dando preferência à Argentina, ou diminuir as restrições ao Brasil?
A nosso favor tem-se o fato que, por aqui, os focos de aftosa já foram controlados. Na Argentina, a bomba acabou de estourar.
Aposto que os valores dos contratos futuros de boi gordo sobem hoje, na BM&F. Amanhã, boi firme no físico. (FTR)
O Serviço Nacional de Segurança Agroalimentar da Argentina (Senasa) anunciou a descoberta de um foco de febre aftosa em San Luis del Palmar, norte da província de Corrientes, perto da fronteira com o Paraguai (olha eles de novo!).
De imediato serão sacrificadas 70 cabeças do mesmo rebanho. A região foi cercada e colocada em quarentena. Medida padrão.
Agora é esperar para ver como a comunidade internacional irá avaliar o caso argentino. Se virão embargos, e por parte de quem; se serão totais ou parciais, e por aí vai.
É possível que a aftosa argentina favoreça o Brasil. O Chile, por exemplo, que até outubro do ano passado era o quarto maior cliente brasileiro, barrou a carne tupiniquim e passou a importar principalmente carne da terra do tango.
A Europa, por sua vez, não foi tão radical. Levantou embargo parcial contra o Brasil, mas também passou a se abastecer com maior frequência na Argentina.
Agora os compradores precisam fazer uma avaliação de “risco” (as aspas se justificam, afinal, tecnicamente, praticamente não há risco): é melhor continuar dando preferência à Argentina, ou diminuir as restrições ao Brasil?
A nosso favor tem-se o fato que, por aqui, os focos de aftosa já foram controlados. Na Argentina, a bomba acabou de estourar.
Aposto que os valores dos contratos futuros de boi gordo sobem hoje, na BM&F. Amanhã, boi firme no físico. (FTR)