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Financiamento rural liberado

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006 -11h24
O governo federal anunciou nesta terça-feira (07/02) um conjunto de medidas de apoio à comercialização, custeio e investimento agropecuário. Os recursos são da ordem de R$2,56 bilhões que serão liberados neste mês. O enfoque principal é o apoio à comercialização no momento da colheita da safra de verão, que já começou nas principais regiões produtoras. “A partir de agora, produtos importantes precisam de recursos, de forma que o agricultor tenha garantia de renda”, comentou o vice-presidente de Agronegócio do Banco Brasil, Ricardo Conceição, durante entrevista coletiva à imprensa.

Do montante anunciado, R$1,1 bilhão é destinado às linhas de custeio agrícola, compra de insumos destinados à safra de inverno e custeio pecuário, milho safrinha e sorgo. Somente para o custeio de café, serão liberados R$100 milhões, em complemento aos R$400 milhões do Funcafé aprovados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em novembro de 2005.

Para apoio à comercialização, serão liberados R$1,16 bilhão, dos quais R$160 milhões para financiar a estocagem de leite, R$300 milhões para estocagem e carregamento de arroz e R$700 milhões para outros produtos.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, esclareceu que o panorama de crédito agrícola tem se tornado mais favorável nos últimos meses à ampliação das exigibilidades bancárias (25% dos depósitos à vista devem ser investidos na agropecuária). “Como houve um crescimento dos depósitos à vista de julho para cá, os recursos das exigibilidades cresceram R$1,7 bilhão em relação à 2004/2005”, comentou.

Segundo Wedekin, o ministério negociou com os bancos privados o aumento do crédito de comercialização. “A meta é de que a aplicação desta linha de crédito suba de R$3,5 bilhões no primeiro semestre de 2005 para R$5 bilhões neste semestre”, disse o secretário. Além do aumento das exigibilidades, outro fator que favoreceu a ampliação da oferta de crédito agrícola foi a diminuição da aplicação de recursos controlados a juros de 8,75%.

Ele acrescentou que a preocupação do governo é evitar que o produtor seja obrigado a vender sua safra a qualquer preço por carência de recurso. “O aumento da oferta de crédito vai acontecer em todo o sistema bancário”, garantiu. Cerca de 80% dos recursos divulgados hoje são a juros controlados.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)