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Expectativa de preços melhores para os grãos, mas custo de produção deve ser maior em 2010/2011

por Rafael Ribeiro
Quarta-feira, 27 de outubro de 2010 -09h08
Queda na produtividade em função de clima menos favorável e demanda firme são alguns fatores que devem manter os preços dos grãos em patamares mais elevados na temporada 2010/2011.

No mercado físico brasileiro, o milho está 27% mais caro em relação ao início do ano e a soja grão se valorizou, em média, 14% no período.

Apesar da expectativa de preços melhores para o produtor, o custo de produção neste ciclo deve ser maior.

Os fertilizantes e corretivos, que representam de 40% a 50% do custo operacional da soja, estão pesando mais no bolso do produtor em 2010. O calcário agrícola está 20% mais caro que em 2009 e os fertilizantes, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, estão custando 10% mais.

Apesar das sacas do milho e da soja terem se valorizado, a média dos últimos meses é menor que a verificada em igual período do ano passado.

A relação de troca entre a soja grão e o fertilizante, no caso o superfosfato simples, mostra justamente essa questão do custo maior em 2010/2011.

Tomando como base a região de Rancharia, em São Paulo, atualmente são necessárias 14,2 sacas (60kg) de soja para a aquisição de uma tonelada de super simples. Em outubro/09, essa relação era de aproximadamente 11 sacas por tonelada do fertilizante, 29% menos.