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O que atrapalha a economia brasileira?
por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 7 de dezembro de 2005 -12h49
Reportagem de capa da Revista Veja desta semana (7 de dezembro) trouxe o resumo de um estudo de desempenho econômico realizado pela Consultoria McKinsey, uma das mais renomadas empresas do ramo em todo mundo.
Por entrevistas com executivos e análises econômicas, a McKinsey pontuou e quantificou os maiores entraves ao desenvolvimento econômico do Brasil, em relação a outros países. De acordo com o estudo, a produtividade brasileira é apenas 18% da produtividade norte americana, apontada como referência pela metodologia adotada na comparação.
Dentre os principais entraves ao desenvolvimento, a McKinsey aponta e quantifica o impacto dos seis principais:
1.Atraso histórico, responsável por 35% da baixa produtividade em relação aos Estados Unidos; este item não pode ser alterado, pois se trata de erros causados ao longo da história que não podem mais ser corrigidos.
2.Informalidade, responsável por 28% dos entraves ao desenvolvimento; trata-se da pirataria, comércio irregular, sonegação de impostos, etc.
3.Deficiências macroeconômicas, representando 13% dos motivos para o baixo desempenho; refere-se aos juros altos, taxas de câmbio e demais reflexos dos maus gastos públicos na economia. Quando se fala em entraves ao desenvolvimento econômico, este item é o mais lembrado nos debates, quando sempre se fala dos juros altos. Segundo a McKinsey, os juros são responsáveis apenas pelos 13% do atraso brasileiro.
4.Regulamentação, responsável por 11% do atraso; refere-se às legislações trabalhistas e tributárias que acabam por inibir contratações, investimentos e maior circulação da economia. Relaciona-se com as pesadas burocracias que empresários brasileiros, ou mesmo investidores externos, encontram para iniciar e tocar um investimento.
5.Serviços públicos de baixa eficiência, responsável por 8% da baixa eficiência brasileira; é a histórica má qualidade da educação, segurança e saúde pública no Brasil.
6.Infra-estrutura, que representa 5% do atraso brasileiro; engloba deficiência em estradas de ferro, rodovias, hidrovias, portos, etc. Causa mais impacto nas atividades produtivas voltadas à exportação.
Além de apontar e numerar o impacto das maiores deficiências brasileiras, a reportagem da Revista Veja, sempre baseada no estudo da McKinsey, ainda aponta como outros países resolveram, ou vem resolvendo, os mesmos problemas. A matéria ainda desmistifica alguns dos argumentos mais difundidos e discutidos em debates relacionados às taxas de juros e ações da política econômica do governo.
De todos os seis maiores entraves, cinco deles podem ser resolvidos a partir do esforço conjunto do governo, iniciativa privada e toda a sociedade. É preciso começar a traçar metas. O único entrave, onde nada pode ser feito, como colocado anteriormente, é o atraso histórico do Brasil em relação a outros países.
Vale lembrar ainda que os entraves, apontados pela McKinsey, são inter-relacionados entre si. Passando a resolvê-los, os efeitos positivos serão ampliados, como que em efeito cascata. O círculo vicioso de atraso passa a ser um círculo virtuoso de progresso. (MPN)
Por entrevistas com executivos e análises econômicas, a McKinsey pontuou e quantificou os maiores entraves ao desenvolvimento econômico do Brasil, em relação a outros países. De acordo com o estudo, a produtividade brasileira é apenas 18% da produtividade norte americana, apontada como referência pela metodologia adotada na comparação.
Dentre os principais entraves ao desenvolvimento, a McKinsey aponta e quantifica o impacto dos seis principais:
1.Atraso histórico, responsável por 35% da baixa produtividade em relação aos Estados Unidos; este item não pode ser alterado, pois se trata de erros causados ao longo da história que não podem mais ser corrigidos.
2.Informalidade, responsável por 28% dos entraves ao desenvolvimento; trata-se da pirataria, comércio irregular, sonegação de impostos, etc.
3.Deficiências macroeconômicas, representando 13% dos motivos para o baixo desempenho; refere-se aos juros altos, taxas de câmbio e demais reflexos dos maus gastos públicos na economia. Quando se fala em entraves ao desenvolvimento econômico, este item é o mais lembrado nos debates, quando sempre se fala dos juros altos. Segundo a McKinsey, os juros são responsáveis apenas pelos 13% do atraso brasileiro.
4.Regulamentação, responsável por 11% do atraso; refere-se às legislações trabalhistas e tributárias que acabam por inibir contratações, investimentos e maior circulação da economia. Relaciona-se com as pesadas burocracias que empresários brasileiros, ou mesmo investidores externos, encontram para iniciar e tocar um investimento.
5.Serviços públicos de baixa eficiência, responsável por 8% da baixa eficiência brasileira; é a histórica má qualidade da educação, segurança e saúde pública no Brasil.
6.Infra-estrutura, que representa 5% do atraso brasileiro; engloba deficiência em estradas de ferro, rodovias, hidrovias, portos, etc. Causa mais impacto nas atividades produtivas voltadas à exportação.
Além de apontar e numerar o impacto das maiores deficiências brasileiras, a reportagem da Revista Veja, sempre baseada no estudo da McKinsey, ainda aponta como outros países resolveram, ou vem resolvendo, os mesmos problemas. A matéria ainda desmistifica alguns dos argumentos mais difundidos e discutidos em debates relacionados às taxas de juros e ações da política econômica do governo.
De todos os seis maiores entraves, cinco deles podem ser resolvidos a partir do esforço conjunto do governo, iniciativa privada e toda a sociedade. É preciso começar a traçar metas. O único entrave, onde nada pode ser feito, como colocado anteriormente, é o atraso histórico do Brasil em relação a outros países.
Vale lembrar ainda que os entraves, apontados pela McKinsey, são inter-relacionados entre si. Passando a resolvê-los, os efeitos positivos serão ampliados, como que em efeito cascata. O círculo vicioso de atraso passa a ser um círculo virtuoso de progresso. (MPN)