Na tarde de ontem, 5/12, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou a existência de um foco de febre aftosa no Paraná. Mais detalhes sobre o caso devem ser divulgados hoje.
Desde 21 de outubro o governo brasileiro já contava com a possibilidade da doença ter chegado ao Estado. Foram colhidas amostras de animais que tiveram contato com gado sul mato-grossense e, mesmo antes do resultado dos exames, já se afirmava que as chances de um diagnóstico positivo eram de 90%.
Porém os primeiros testes foram classificados como não-conclusivos. O governo do Paraná chegou a declarar que não havia aftosa no Estado, mas o MAPA solicitou novos testes. Houve troca de acusações e suspeitas de fraude na coleta das primeiras amostras.
Mas dessa vez é definitivo. Realmente o vírus chegou ao Paraná. Espera-se agora por uma nova onda de especulações no mercado, além da intensificação das pressões baixistas sobre as cotações da arroba, sobretudo no Paraná.
O que se tem como “quase” certo é uma ampliação dos embargos internacionais, principalmente por parte daqueles países que só restringiram as compras de carne do Mato Grosso do Sul. As penalizações devem, ao menos, alcançar o Paraná.
Outro provável reflexo é o aumento da dificuldade em se conseguir um arrefecimento dos embargos dirigidos a São Paulo, principalmente por parte da União Européia. Afinal, o Estado agora está cercado pelo vírus e tem mantido a fronteira aberta para a entrada de carne e gado de Mato Grosso do Sul e Paraná. (FTR)