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Conab revisou para cima a produção de milho na segunda safra 2019/20

por Rafael Ribeiro
Segunda-feira, 13 de abril de 2020 -05h50


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (9/4) o sétimo relatório de acompanhamento da safra brasileira de grãos (2019/2020).


Com relação milho de primeira safra (verão), houve revisão para baixo na área semeada (-0,3%) e na produtividade média das lavouras (-0,8%), em relação ao relatório de março. A produção prevista na safra de verão é 1,1% menor em relação à estimativa anterior e 1,5% menor que o colhido no ciclo passado (2018/2019).


A colheita do milho de verão está concluída no Brasil e as revisões foram em função, principalmente, da falta de chuvas e calor intenso nos primeiros meses desse ano no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


No caso da segunda safra, a área de milho foi revisada para cima (+2,4%) frente a estimativa de março, assim como a produtividade média (+0,4%).


Com isso, a produção estimada para a safra de inverno aumentou 2,8% na comparação com a previsão anterior. Já na comparação com a safra passada, o volume deverá crescer 3,1%, segundo a Conab.


No total, o país deverá colher 101,87 milhões de toneladas de milho em 2019/2020, frente as 100,08 milhões estimadas anteriormente e as 100,04 milhões de toneladas colhidas em 2018/2019. Se confirmada, a produção total de milho em 2019/20 será recorde.


Com relação a demanda pelo cereal no mercado interno, por ora, foram mantidas as 70,45 milhões de toneladas previstas para esse ano, mas houve revisão para cima das exportações, que passaram de 34 milhões de toneladas para 34,5 milhões de toneladas de milho no ciclo atual.


O aumento da produção, maior que o ajuste do lado da demanda, fez com que os estoques finais fossem revisados para cima.


A Conab prevê 9,32 milhões de toneladas de milho ao final de 2019/2020, frente as 8,03 milhões de toneladas previstas anteriormente para o ciclo. Para uma comparação, em 2018/2019 os estoques finais foram de 11,40 milhões e toneladas e em 2017/2018, de 16,18 milhões de toneladas.

Análise originalmente publicada no informativo Boi & Companhia, edição 1386.