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Pressão de baixa no mercado do boi gordo

por Lygia Pimentel
Terça-feira, 8 de setembro de 2009 -08h55
Mesmo sem “abundância” de gado, o mercado do boi gordo trabalha sob forte pressão de baixa. Afinal, com escalas consideradas confortáveis, 6 a 7 dias para as grandes indústrias, não há extrema necessidade de realizar negócio. O que ocorre é que os grandes frigoríficos contam com “artifícios” para que não falte gado para abate, como animais de confinamento próprio e boi negociado no mercado a termo.

As compras cessam quando as escalas avançam um pouco, estratégia que tem funcionado para a manutenção da pressão negativa sobre os preços. No último mês, as cotações recuaram quase 4% em São Paulo.

Nas praças vizinhas a São Paulo, principalmente em Goiás (onde a oferta de animais confinados é maior), a situação é semelhante.

Nas últimas semanas, com queda do preço do boi e aumento dos preços de derivados bovinos, a margem da indústria melhorou significativamente. A defasagem do Equivalente Scot para o boi, por exemplo, está em um patamar considerado historicamente bom para os frigoríficos: -3,9%.

Tal situação abriria espaço para que o mercado do boi gordo voltasse a trabalhar em ambiente firme, caso houvesse um ajuste de oferta. Pelo jeito não foi o que aconteceu.