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Pará: melhora de um lado e piora do outro

por Breno de Lima
Quinta-feira, 18 de abril de 2019 -05h50


Nas últimas semanas as chuvas ocorreram em bons volumes no Pará, inclusive chegando a atrapalhar os embarques de animais em algumas regiões. 


Isso tem garantido boa capacidade de suporte das pastagens, que, somada à maior firmeza do mercado do boi gordo, tem animado o recriador a buscar a reposição do rebanho com maior afinco. 


Quem está negociando a reposição hoje no estado se depara com dois cenários distintos. 


De um lado o poder de compra do recriador com o bezerro diminuiu desde o início do ano. Isso porque a cotação do animal de desmama valorizou 12,5% de janeiro até aqui, enquanto a cotação do boi gordo teve alta de 5,1% no mesmo período. 


Sendo assim, atualmente com a venda de um boi gordo com 16,5@, compra-se 1,91 bezerro de desmama (6@). No início do ano, compravam-se 2,05 bezerros. 


Por outro lado, a relação de troca com as categorias mais eradas melhorou para o recriador e invernista. Isso porque as cotações destas categorias tiveram valorizações menores frente à arroba do boi gordo. 


A troca com o boi magro, por exemplo, teve uma alta de 3,6% desde o início do ano e atualmente com a venda de um boi gordo (16,5@) compra-se 1,35 boi magro. 


Essa melhora na relação de troca com a categoria vem em um momento no qual as cotações no mercado do boi gordo, de maneira geral, estão aquecidas e as pastagens com boas condições. Como a categoria tem um giro rápido, isso pode trazer oportunidades para quem for negociá-las no curto prazo.