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Alta nos preços reflete menor produtividade

por Grupo Folha
Segunda-feira, 13 de agosto de 2018 -15h30


Se os preços do milho na temporada passada foram praticamente para os produtores pagarem os custos, na safra 2017/2018, o cenário é um pouco mais animador, com bons patamares no Paraná pelo menos desde março, quando começaram as especulações que o ano seria bem menos produtivo. A expectativa agora é se eles vão se manter dessa forma.


De acordo com o Departamento de Economia Rural (DERAL), em agosto a saca do produto tem ultrapassado com frequência a casa dos R$30,00. Em maio, o melhor preço consolidado do ano: R$32,00. Até agora, a média de 2018 está em R$28,60 a saca, valor 33% superior ao número fechado de R$21,46 do ano passado. No ano retrasado, só como análise comparativa, o valor fechou, na média, em R$33,73. 

O zootecnista e coordenador da divisão de grãos da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro, relata que parte dessas sustentações de preço é justificada pelas revisões para baixo da produtividade, especialmente no Paraná. "A menor oferta, agravada pela questão do frete, tem dado sustentação ao mercado (nacional). Na região de Campinas, o mercado avançou R$4,00, chegando a R$41,00 a saca." 

Ribeiro também cita a estratégia dos agricultores e outros vendedores de forma geral que, analisando o mercado, estão segurando mais o produto, inclusive porque ele também está chegando mais tarde para o comércio devido ao atraso da safra. "Em outras regiões, como o Mato Grosso, também houve revisão para baixo da produtividade, mas não como aconteceu no Paraná." 

Por fim, no mercado internacional, o clima também tem atrapalhado. O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta uma safra americana de 361,4 milhões de toneladas, retração pequena, em torno de 3% comparado ao ano passado. "A soja norte-americana veio mais forte e com condição de clima menos favorável para o milho, mas ainda sim se trata de uma boa safra."


Por Victor Lopes.


Fonte: https://www.folhadelondrina.com.br/folha-rural/alta-dos-precos-reflete-menor-produtividade-1012437.html