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Abate de vacas ainda superior à média em Estados de cria

Terça-feira, 31 de março de 2009 -08h36
Por Maria Gabriela O Tonini

Conforme já comentado, o abate de vacas diminuiu em 2008. Um forte indicativo de que, aos poucos, o rebanho está se recompondo.

No entanto, analisando a proporção de abate de fêmeas por Estado, ainda é possível visualizar patamares bastante elevados em 2008, nos principais Estados de cria. Mesmo tendo havido recuo.

Veja na tabela 1 a participação média das fêmeas nos abates (bois + vacas) nos últimos quatro anos e a participação em 2008.



Nas regiões de cria realmente se tem um abate de vacas em maiores proporções do que em áreas características de ciclo completo e, principalmente, recria-engorda.

Ainda assim, em alguns Estados de cria a atual participação das fêmeas nos abates totais ainda pode ser considerada bastante elevada. Um exemplo é o Tocantins, onde as fêmeas perfazem mais de 48% dos abates totais. Destaque também para o Pará (quase 43%) e para o Mato Grosso do Sul, com pouco mais de 43% de fêmeas no total abatido.

Em anos de crescimento do rebanho (2000 a 2004, por exemplo), as taxa de abate de fêmeas dificilmente ultrapassava 30%, na média Brasil.

É fato que o rebanho brasileiro está começando a se recompor. Mas as estatísticas de abate de vacas, notadamente dos Estados de cria, apontam que esse processo ainda precisa ganhar força.