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Mercado futuro na semana

por Leandro Bovo
Quinta-feira, 17 de agosto de 2017 -17h15

O mercado físico permanece com o mesmo cenário de pouca oferta disponível, preços firmes e muita briga por matéria-prima. Apesar das recentes quedas do Indicador Esalq à vista, que infelizmente não reflete a condição de mercado atual, o cenário ainda é de preços sustentados e com pressão altista.


Já o mercado futuro deu uma trégua nas altas e após o contrato de out/17 fazer sua máxima recente a R$142,25/@ no pregão de 15/8, ele opera hoje ao redor de R$141,00/@ sem conseguir dar sequência à trajetória consolidada nas últimas semanas. Essa interrupção nas altas é até certo ponto esperada e saudável, já que o mercado futuro andou muito rápido na frente do mercado físico e agora precisa que o indicador diminua um pouco esse diferencial para dar um novo fôlego às cotações futuras.


Tem nos chamado a atenção uma coincidência numérica do mercado atual com o que aconteceu logo após a “Operação Carne Fraca”, que foi a última vez que as escalas de abate tinham chegado ao redor de 3 dias uteis em nosso levantamento, como acontece agora. Acompanhe na tabela 1.



Atualmente estamos com um indicador à vista de R$132,15/@ e escalas no levantamento da Radar Investimentos em 3,05 dias uteis. Na última vez que isso aconteceu, a alta acumulada na semana seguinte foi de 4,5% levando os preços dos R$132,39/@ para R$138,41/@, livre de Funrural. Obviamente que a reação do mercado naquele momento não será necessariamente a mesma da atual, porém, essa comparação nos fornece uma ideia do que acontece quando se conjuga margens favoráveis, recuperação nas exportações, diferenciais de base estreitos e pouca oferta disponível. Nas próximas semanas conheceremos o resultado da soma desses fatores na conjuntura atual.