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Suspeita de contrabando de animais do Paraguai gera conflitos

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 19 de outubro de 2005 -12h10
O foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul criou um problema diplomático no Mercosul: o Paraguai acusa o Brasil de descumprir o acordo firmado em 2004, que prevê troca imediata de informações logo após surgirem suspeitas da doença.

A reclamação formal foi enviada ontem ao Itamaraty pela embaixada do Paraguai. O Paraguai exige que as autoridades brasileiras comprovem as acusações de que o vírus teria vindo do país vizinho.

Segundo o Paraguai, o Brasil comunicou a ocorrência da doença no dia 9 de outubro — na véspera do comunicado internacional. Em defesa, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento disse que avisou o Paraguai no dia 5, por meio do Centro Panamericano de Febre Aftosa.

O objetivo da Comissão Fronteiriça Conjunta Permanente Paraguai-Brasil é a adoção de medidas conjuntas de reconhecimento e controle da doença, numa distância de 50 quilômetros, nos dois lados da fronteira. Segundo a embaixada do Paraguai, nada foi feito pela comissão entre a suspeita e a notificação. Esse comportamento foi agravado pelas declarações de autoridades de Mato Grosso do Sul, de que gado contrabandeado do Paraguai motivou o ressurgimento da doença no Brasil.

O Paraguai reclama dessas acusações por ser considerado livre de aftosa com vacinação, pelos organismos internacionais.

Fonte: Jornal O Globo.