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Mercado de reposição e o que esperar daqui para frente

por Equipe Scot Consultoria
Quinta-feira, 15 de setembro de 2016 -14h00

O ano de 2016 tem sido desafiador para o pecuarista.


A alta dos preços dos insumos (principalmente no que diz respeito à alimentação), e a situação econômica do país pintam este cenário.


A falta de chuvas na maior parte das regiões, com a consequente piora na qualidade das pastagens, e as incertezas quanto ao mercado do boi gordo também foram fatores para que os compradores rareassem, o que resultou em baixa liquidez no mercado de reposição nos primeiros meses do ano.


Após as valorizações da reposição observadas principalmente no final de 2015, a retração da demanda ocasionou em queda nas cotações no decorrer do ano. A cotação do boi gordo, por sua vez, subiu 0,4% no período (figura 1).



Com isso, a relação de troca da reposição com o boi gordo melhorou, ou seja, a quantidade de arrobas de boi gordo para comprar um bovino de reposição diminuiu.


No início de setembro, o pecuarista comprava um boi magro com 12,83 arrobas do boi gordo. Melhora de 4,0% na comparação com janeiro, quando a relação estava em 13,36@.


Na figura 2 estão as relações de troca desta categoria com o boi gordo.



Os preços firmes da reposição em 2015 e no início de 2016 estimularam a cria e provocaram a retenção de matrizes.


Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram abatidas 2,92 milhões de fêmeas no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 14,2% em relação ao mesmo período do ano passado.


Esta retenção deverá resultar em um número maior de bezerros nos próximos anos.


Fica a expectativa de aumento na oferta de animais jovens, fator que tende a colaborar com uma melhora na relação de troca entre o boi gordo e os animais de reposição.


Por: Felippe Reis e Juliana Serra