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Mercado firme...mas com preços baixos
por Fabio Lucheta Isaac
Sexta-feira, 23 de setembro de 2005 -12h41
O boi gordo em São Paulo está firme em R$51,00/@, tanto na região de Barretos, como em Araçatuba. Alguns compradores afirmam que, caso apareçam lotes grandes, pode-se trabalhar com valores até mais elevados.
Ontem também chegaram a ser registrados negócios em R$51,00/@, a prazo, para descontar o funrural, em Naviraí (MS). O preço do Mato Grosso do Sul praticamente se igualou ao de São Paulo.
Mas apesar da firmeza do mercado, o produtor segue mal remunerado. Como vem sendo informado constantemente nesse site, a atual cotação do boi gordo segue como uma das mais baixas da história. Isso quando se leva em conta valores corrigidos pelo IGP-DI.
No entanto, a atual cotação do boi gordo paulista equivale a mais de US$22,00/@. Ou seja, em dólares, está num patamar relativamente razoável.
Aí é que está a questão. O produtor recebe em reais, mas o frigorífico exportador está de olho na cotação da arroba em dólares. Um boi, por exemplo, de R$57,00/@, o que é muito pouco para o produtor, equivaleria a US$25,00/@ para o exportador, deixando a cotação brasileira, em dólares, acima da cotação argentina, que está próxima de US$22,10/@. Nesse caso, os frigoríficos brasileiros perderiam competitividade no mercado internacional.
Quem ganha com o real sobre-valorizado? Ninguém. Nem produtores, nem frigoríficos. E justamente o dólar frouxo é que irá impedir que a cotação do boi gordo alcance valorizações mais significativas nesse final de entressafra. (FTR)
Ontem também chegaram a ser registrados negócios em R$51,00/@, a prazo, para descontar o funrural, em Naviraí (MS). O preço do Mato Grosso do Sul praticamente se igualou ao de São Paulo.
Mas apesar da firmeza do mercado, o produtor segue mal remunerado. Como vem sendo informado constantemente nesse site, a atual cotação do boi gordo segue como uma das mais baixas da história. Isso quando se leva em conta valores corrigidos pelo IGP-DI.
No entanto, a atual cotação do boi gordo paulista equivale a mais de US$22,00/@. Ou seja, em dólares, está num patamar relativamente razoável.
Aí é que está a questão. O produtor recebe em reais, mas o frigorífico exportador está de olho na cotação da arroba em dólares. Um boi, por exemplo, de R$57,00/@, o que é muito pouco para o produtor, equivaleria a US$25,00/@ para o exportador, deixando a cotação brasileira, em dólares, acima da cotação argentina, que está próxima de US$22,10/@. Nesse caso, os frigoríficos brasileiros perderiam competitividade no mercado internacional.
Quem ganha com o real sobre-valorizado? Ninguém. Nem produtores, nem frigoríficos. E justamente o dólar frouxo é que irá impedir que a cotação do boi gordo alcance valorizações mais significativas nesse final de entressafra. (FTR)