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Milho e soja argentinos

por Fabio Lucheta Isaac
Segunda-feira, 21 de julho de 2008 -09h27
A Argentina voltou às exportações dos grãos. Boas notícias para os países que dependem da importação destes. O barril do petróleo também perdeu seu patamar de US$130,00, o que também favoreceu a maioria dos países dependentes do petróleo, que agora sofrem uma menor pressão da inflação dos preços das commodities.

Mas a notícia não é tão favorável assim para os produtores de grãos brasileiros. Com a desaceleração da economia mundial e a diminuição na cotação do petróleo, a volta às exportações pela Argentina regularizou a oferta internacional de grãos, provocando uma queda nos preços da soja e milho.

Na última sexta-feira (18/07), a soja atingiu limite de baixa, fechando a US$14,48/bushel, vencimento de novembro/08. A desvalorização do grão já atinge 12,5% nas últimas duas semanas. As projeções de bom clima nas regiões produtoras não oferecem suporte à sua cotação, que pode voltar a cair.

O milho também sofre com a desvalorização do seu preço, mas por motivos um pouco diferentes. O preço do petróleo exerceu forte influência no seu preço, que já baixou mais de 20% nas últimas duas semanas. Além disso, a melhoria da produtividade média dada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) e as boas perspectivas climáticas derrubaram seu preço, hoje cotado a US$6,24/bushel.

Com a regularização das exportações e do comércio internacional, o mercado volta-se para as condições climáticas norte-americanas, que a partir de agora serão os principais indicadores da tendência até a colheita desta safra. (JA)