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Baixa liquidez no mercado do milho

por Rafael Ribeiro de Lima Filho
Quarta-feira, 19 de novembro de 2014 -16h16

Artigo originalmente publicado na Revista Globo Rural, edição de novembro.


A liquidez está baixa nos atuais patamares de preços.


Em Mato Grosso, 70,9% do milho de segunda safra (2013/2014) fora comercializado até o final da primeira quinzena de outubro (IMEA). No Paraná, a comercialização atingira 41,0% do milho safrinha colhido nesta temporada (DERAL).


Na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos ficou cotada em média em R$21,90, na primeira quinzena de outubro.


Os preços caíram 7,1%, em relação ao mesmo período do ano passado.


A queda nas cotações deverá refletir em redução da área de milho de verão em 2014/2015, em início de plantio.


A CONAB estima uma redução entre 4,1% e 10,9%, frente à temporada 2013/2014. A cultura deverá ocupar entre 5,89 milhões e 6,34 milhões de hectares na safra atual.


A produção está estimada entre 27,20 milhões e 29,53 milhões de toneladas de milho, frente as 31,65 milhões de toneladas na primeira safra 2013/2014.


Nos Estados Unidos, a colheita está em andamento. Segundo o USDA, os EUA deverão colher 367,68 milhões de toneladas, frente às 353,72 milhões de toneladas colhidas na safra passada.


A maior disponibilidade de milho nos Estados Unidos é um fator de competição para as exportações brasileiras este ano.


Estão estimadas 19,50 milhões de toneladas de milho embarcadas em 2014, frente ao recorde registrado em 2013, que foi de 26,17 milhões de toneladas.


Com relação aos estoques brasileiros, estão previstos 15,25 milhões de toneladas ao final de 2014. Este volume será 84,7% maior que o estoque final de 2013.


Em curto prazo a pressão de baixa deverá continuar no mercado interno.


Não estão descartadas quedas nas cotações, mas cabe destacar que a baixa liquidez tem dado sustentação aos preços, impedindo desvalorizações maiores.