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Scot Consultoria fala sobre o mercado de boi

por Fabio Lucheta Isaac
Segunda-feira, 19 de setembro de 2005 -12h57
No programa Território Livre, produzido pelo canal Terra Viva da Rede Bandeirantes, do dia 17 de setembro, o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, da Scot Consultoria foi um dos convidados, juntamente com o Leandro Bovo, gerente administrativo do SIC (Serviço de Informação da Carne).

O tema “Mercado do boi” foi escolhido num momento propício. Atualizando o preço da arroba do boi gordo pelo IGP-DI (índice geral de preços – disponibilidade interna da Fundação Getúlio Vargas), o valor atual em São Paulo é o mais baixo dos últimos 35 anos e é 7% mais baixo que o pior preço que já havia sido registrado, em junho de 1996.

Ambos discorreram ao longo de duas horas sobre os diversos fatores atuais que influenciam o mercado, além das perspectivas para os próximos meses.

Ambos concordam que o mercado parece ter finalmente encontrado o “fundo do poço”. A partir de agora, os preços tendem a seguir num ambiente firme. Maurício lembrou que o abate de vacas reduziu, embora fosse esperado para este período do ano, e que os preços da reposição não caíram na proporção da queda nos preços da arroba nos últimos meses. A troca piorou para o comprador. Tudo indica que o mercado tende a se firmar.

Quanto à possibilidade de aumento de preços, o consultor da Scot Consultoria lembrou que é difícil estimar patamares. O câmbio, atualmente, favorece preços baixos. Vale lembrar que 2.006 é um ano eleitoral, o que faz com que diversos fatores acabem influenciando o mercado do boi gordo.

Tanto Maurício como Leandro concordaram que a pecuária de corte deve sair da crise atual a partir do final de 2005. A incógnita ainda é com relação à velocidade com que os preços devem se recuperar.

Leandro recomendou um pouco mais de atenção de toda a cadeia da carne, com relação aos projetos de marketing e informação sobre o consumo de carne bovina no Brasil. Outras cadeias, como a de frango, organizaram-se e conquistaram espaço em cima da carne bovina. O setor pode e deve recuperar este espaço perdido.

Maurício finalizou sua participação lembrando que o período de crise deve acabar, sendo substituído por um movimento de alta nos preços. Se nada grave acontecer no setor, os próximos anos tendem a ser melhores. Mesmo assim, recomenda: “O pecuarista deve se preocupar com o futuro. Outras crises virão e quanto mais organizada estiver a gestão da empresa, menores serão os impactos.” (MGT)