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Milho, mais uma vez, com recorde de alta

por Fabio Lucheta Isaac
Quinta-feira, 12 de junho de 2008 -09h25
No início do ano a soja bateu sucessivos recordes, chegando a ser negociado a US$15,96/bushel. A cada pregão na Bolsa de Chicago (CBOT) produtores comemoravam os novos preços.

Infelizmente, a alegria durou pouco e a soja caiu mais de 15%. No Brasil a situação foi um pouco mais preocupante, onde o dólar perdeu 5% do seu valor no mesmo período, reduzindo a cotação do grão.

Ultimamente as atenções se voltaram para o milho. Crise energética, preço do petróleo em (maior) alta e inflação mundial fizeram com que os produtores de etanol fossem os “vilões” da fome mundial. A volatilidade das cotações se agravou a tal ponto que a CFTC (órgão americanos responsável pela regulação dos mercados futuros) decidiu investigar a atuação de fundos de hedge e de investimento nos mercados de commmodities.

Nem campanhas contra o etanol, nem a investigação sobre investidores conseguiram abalar os fundamentos de mercado do milho e soja. Os dois produtos atingiram limite de alta ontem, com o milho batendo um novo recorde histórico.

A soja acompanhou a alta da cotação do petróleo e as notícias do volume importado pela China. As importações chinesas aumentaram 45% no mês de maio em comparação ao mês de abril, e 17,6% em relação ao mesmo período de 2007. A crise dos produtores argentinos sustenta o aumento das exportações verificado no período, já que Brasil e EUA são os únicos países capazes de suprir a falta das exportações argentinas. A soja fechou em limite de alta, subindo 3,8% em um único pregão, cotada a US$15,16/bushel.

Para o milho, a redução inesperada do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) da produtividade média em 5 bushel/acre, a menor porcentagem de lavouras classificadas de “boas a excelentes” nos últimos 12 anos e a perspectiva de que os problemas climáticos prosseguirão durante a safra justificam a elevada alta verificada ontem (11/06). O milho fechou em alta de 2,5%, cotado a US$7,03/bushel. (JA)