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É na região Norte que o boi sobe mais

por Fabio Lucheta Isaac
Terça-feira, 10 de junho de 2008 -09h42
Entre junho de 2007 e junho de 2008 (até dia 9), considerando as 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações da arroba do boi gordo registraram, em média, um aumento de 50%.

Destaque para Redenção - PA, com 68%; Marabá – PA, com 66%; Norte do Tocantins, com 64% e Rondônia, com 62%. Acompanhe na figura 1.



Além do ajuste produtivo, fruto da redução de investimentos e do abate de matrizes, é preciso considerar a forte expansão da capacidade de abate dos Estados do Norte, com a chegada de grandes indústrias a partir de 2003/2004. Elas foram atraídas pelo forte crescimento do rebanho (bem acima da média nacional ao longo da última fase de expansão) e pela melhoria do status sanitário da região.

Há alguns anos costumávamos dizer que em Rondônia havia pouco boi para muito frigorífico. Agora a situação virou. Tem muito frigorífico para pouco boi.

No caso do Pará, é preciso considerar também as exportações de gado em pé. Em 2007 o Estado enviou para fora do país algo em torno de 418 mil cabeças, o equivalente a pouco mais de 11% do abate local (considerando o abate formal e o informal). E os embarques seguem em crescimento.

Detalhe. A arroba do boi gordo em Rondônia caminha a passos largos para ser a primeira, na região Norte, a alcançar a casa dos R$80,00. (FTR)