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Estudo mostra que energia no Brasil é vulnerável a aquecimento

por Fabio Lucheta Isaac
Segunda-feira, 2 de junho de 2008 -10h00
O bagaço de cana poderá ganhar status de estrela na geração de energia no final deste século, já que a cana-de-açúcar será a única fonte energética no Brasil que não sofrerá impactos com o aquecimento global.

Por outro lado, a energia eólica deve ficar restrita ao litoral e as hidrelétricas vão produzir menos do que hoje por redução das chuvas, assim como a soja e outras oleaginosas (biodiesel) deverão migrar para o Sul em busca de clima mais favorável.

Estas e outras conclusões estão no estudo encomendado pelo Reino Unido através do Global Opportunity Fund a professores e pesquisadores da Coppe, instituto de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para avaliar o impacto das mudanças climáticas no sistema energético brasileiro no período 2071 a 2100.

"Trata-se basicamente de entender como o sistema energético brasileiro planejado para 2030 reagiria às novas condições climáticas projetadas para o período que vai de 2071 a 2100", explica a introdução o trabalho que levou oito meses para ficar pronto.

Segundo o líder do projeto a próxima fase do estudo deverá contar com uma avaliação de quanto custa para tentar minimizar o impacto climático na economia e quanto custa não fazer nada.

Ainda de acordo com ele, "esse estudo mostra que nada é um assunto fechado, que tudo tem que ser melhor estudado. Contudo, como o Brasil depende muito de fontes renováveis de energia, a vulnerabilidade é maior. Mais uma razão para o País começar a se preocupar com isso".

Fonte: Reuters. Adaptado pela Scot Consultoria. 2 de junho de 2008.