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100 anos de paixão

por Richard Jakubaszko
Terça-feira, 5 de agosto de 2014 -11h43

O engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso completa seu centenário em 19 de setembro próximo e se encontra na expectativa da rara efeméride. O que mais impressiona a todos que o conhecem não é a conquista dos 100, mas a sua lucidez, de um lado, e, especialmente, o entusiasmo pela vida, que se poderia definir como uma juvenil paixão pelo futuro, pela construção de paradigmas para melhorar o desempenho da agricultura e da produção de alimentos.


Cardoso pertence à elite paulista, há várias gerações ligadas ao agronegócio. Formou-se em 1936, pela gloriosa Esalq, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/SP), sendo hoje o "uspiano mais antigo". Fundou a Manah em 1947, a qual presidiu por mais de 50 anos, e tem obsessão pela fertilidade dos solos.


Na entrevista para Agro DBO, conduzida por Richard Jakubaszko, editor-executivo, Cardoso confessou acanhamento em tratar de assuntos pessoais. Revelou que procura evitá-los, "deixando que terceiros falem sobre mim se assim lhes aprouver". Abriu exceção para Agro DBO, da qual é leitor e articulista esporádico desde as primeiras edições, enfatizando que "lembro o presente em função do passado, pois essa é a regra: o jovem cuida do futuro, o idoso do passado". Entretanto, Cardoso não deixou de falar sobre o futuro, assim como da agronomia, da agricultura, do plantio direto, da Manah e da Fundação Agrisus-Agricultura Sustentável, iniciativa da família de Cardoso para incentivar pesquisas e estudos sobre fertilidade dos solos, e ainda do ambientalismo, algumas das muitas paixões visionárias que pontuam sua longeva e produtiva vida.


A presente entrevista foi feita passo a passo, ao longo de quase seis meses, onde o mestre apresenta suas linhas de pensamento e conduta, de forma objetiva e apaixonada.


Agro DBO: De qual água milagrosa o Senhor bebeu para, às vésperas de completar 100 anos, estar tão lúcido, atualizado, e pensando na humanidade, no proveito coletivo? Qual o seu "leit motiv".


Fernando Penteado Cardoso: Anos atrás meu médico brincou que eu chegaria aos 100 pela boa genética: sem diabete, sem pressão alta e sem colesterol. É pura sorte, não mérito. Acho que o "leit motiv" deve-se à paixão pela agronomia e a filosofia que adoto sobre o trabalho e a vida. Em meu discurso com 22 anos, ao plantar um Pau Mulato como a árvore da turma de 1936 da Esalq, eu disse: "O indivíduo que trabalha, que é útil, que produz, está agindo dentro da sua própria natureza, está cumprindo os predicados supremos comuns a todas as espécies vivas. Magníficas as palavras de Alberto Torres neste sentido: "É o homem antes de tudo um animal ativo, um produtor de coisas e ideias, um procriador de seres e de energias. A necessidade que o impele é de gerar e produzir; o estimulo que o conduz: o imperativo do movimento, da ação, da novidade, da conquista. O objeto da vida é a produção, não a conquista; seu fim a conquista, não o gozo da conquista. O imperativo do trabalho e da produção é o móvel da vida psíquica, a fonte verdadeira da alegria. O trabalho, a produção, a atividade, dignificam o homem e são mesmo os atos que garantem a felicidade na terra".


Agro DBO: Segundo o dito popular, devemos nos arrepender não do que fizemos errado, mas daquilo que não fizemos. O que o senhor se arrepende de não ter feito?


Fernando Penteado Cardoso: Nunca pensei sobre isso. Sempre agarrei as oportunidades que se apresentaram e me empenhei por elas dando tudo de mim, dentro dos princípios em que acreditava. É certo que muitas vezes, de tanto me concentrar, eu também criava oportunidades.


Agro DBO: Na sua ótica, qual é o seu legado para as gerações mais jovens?


Fernando Penteado Cardoso: Em minhas palavras como paraninfo da turma de 2005 na Esalq, eu recomendei: "Arregacem as mangas e vão em frente. Não se intimidem, nem se sintam diminuídos, se tiverem que começar pelo começo. Estudem sempre, a vida toda, para manterem-se em dia com a ciência, com a tecnologia e com a economia. Tenham sempre disposição para mudar. Não se deixem fossilizar. Os vários patamares do sucesso se condicionam sempre à dedicação ao trabalho, ao esforço, à honestidade de propósito, ao estudo, e especialmente à pertinácia. A perseverança deve prevalecer em todas as iniciativas, por mais modestas e primárias que sejam. A sorte na vida, fator que não pode ser relegado, acontece geralmente para quem está com a camisa molhada. Raramente ocorre em ambiente de sombra e água fresca". Essas recomendações podem traduzir um exemplo de vida que seria meu legado.


Agro DBO: O senhor é um homem de fé?


Fernando Penteado Cardoso: Fui educado sob forte influência católica da família de minha mãe. Tornei-me um praticante até os 18 anos. Depois, pelas aulas de ciências exatas, a concepção de Deus foi se distanciando cada vez mais até se situar no evento do big-bang e aí se identificar com o ato da criação. As práticas religiosas se diluíram com o tempo, mas a ética e a moral do cristianismo perduraram. Porque o homem, um ser consciente e pensante, é parte da criação, sempre foi para mim um mistério, uma parte do ato divino da criação. Meus pais eram muito firmes quanto aos preceitos da ética e da moral cristã, as quais passaram a fazer parte do meu ser, de minha fé. Eram severos e consistentes. Passaram aos filhos normas de comportamento em que acreditavam: dever, força de vontade, aceitar contrariedades, ser honrado, respeitar a palavra dada, respeitar os mais velhos, respeitar a propriedade alheia, cumprir as obrigações, ser perseverante, ter disposição para mudar, não gastar mais do que se ganha. Certa vez simulei doença após cometer falta que eu mesmo julgava grave. Meu pai me bateu de cinta para não ser mentiroso nem fingido. Nunca me esqueci do fundamento da sova, o qual esteve presente durante toda a vida.


Agro DBO: E no que acredita?


Fernando Penteado Cardoso: Minha fé está no homem como um ente superior preso à coletividade de seus pares. Meu pequeno discurso ao plantar a árvore da formatura manifestou minha crença no trabalho como uma das finalidades da vida. Aceito que me definam como um "sujeito esforçado". Fui crescendo, aprendendo e observando. Notei que a criatividade e a expressão da genialidade se condicionavam à liberdade de iniciativa. Convenci-me de que os esforços e sonhos humanos estavam ligados ao direito de serem donos. Enxerguei que a liderança se consolidava quando acompanhada do respeito ao ser humano, não havendo espaço para os déspotas. Aprendi que a lida com outras pessoas exigia a delegação de poderes. Então passei a seguir os princípios da liberal democracia representativa. A experiência da vida mostrou ser impossível viver isoladamente, pois dependemos uns dos outros. Assim, passei a aceitar as obrigações para com a coletividade que nos envolve, ou seja, a sociedade. No campo da organização econômica, passei a respeitar e a conciliar os direitos do acionista proprietário, do consumidor, do empregado e da sociedade, chegando à conclusão de que é preferível um capitalismo equilibrado ao socialismo igualitário, que pretere o mérito, desperdiça valores e convive com a mediocridade.


Agro DBO: Quais foram seus heróis na vida, pessoal ou profissional?


Fernando Penteado Cardoso: Não me lembro de ter ídolos durante a vida. Sempre admirei, e admiti como modelos, as pessoas que tiveram sucesso na atividade que exerciam. É certo que a poesia "IF" de Kipling sempre me ajudou nos momentos de dúvida e de desânimo. Bem tarde, já na terceira idade, passei a reconhecer a plenitude da força e da grandeza humana nas pessoas de Antônio da Silva Prado, Hugh Bennett, Winston Churchill e de Norman Borlaug.


Agro DBO: O que o levou a dedicar-se pela conservação de solos?


Fernando Penteado Cardoso: Desde menino ouvia a conversa de meu tio com o administrador da fazenda de minha avó. Falavam dos talhões de café com baixa produtividade, porque a terra estava vidrada e lavada pelas enxurradas. Ao mesmo tempo, nos fundos da casa dos empregados, os cafeeiros estavam frondosos pelo lixo e dejetos que eles depositavam por lá. Era preciso estercar com adubo dos currais onde o gado era trazido para dormir sobre forragem de capim. Mas o esterco não dava para todo o cafezal e o assunto era interminável e muito me impressionava. Já na juventude, a mesma discussão ocorria na fazenda herdada por minha mãe e prolongou-se por anos seguidos, quando cursava a Esalq. Eu lia uma revista dos EUA chamada Country Gentleman e lá estava a discussão do mesmo problema, então confiado ao Serviço de Conservação de Solo dos EUA, dirigido pelo grande Hugh Bennett. Nas férias, eu acompanhava os serviços na fazenda da família. Lutava-se para restaurar a terra dos cafezais pouco produtivos com sulcos em nível para cortar as águas, com forragem de capim gordura. Logo depois de formado, organizamos pequena firma de serviços rurais e construímos terrações de base larga em Campinas, seguindo as normas dos ianques. Demarquei em Bragança (SP) pomar de citros em curva de nível, uma novidade na época. Essa luta, essa preocupação, o problema em seu todo, ficaram gravados em meu inconsciente e a conservação do solo passou a ser uma constante em meu comportamento profissional, evoluindo para se tornar uma profissão de fé e um ideal de ajudar a agricultura do país.


Agro DBO: A Manah tem história na agricultura brasileira, é inegável, e como fundador da empresa, o que o senhor acha que deveria ser lembrado no futuro sobre a história da empresa?


Fernando Penteado Cardoso: O slogan "Com Manah adubando dá!" e a marca Manah, registrada como notória pela ampla difusão, seguramente estão vinculados ao conceito de produto confiável, de recomendações adequadas, de empresa honesta e de gente séria e responsável. Passaram-se já 14 anos da venda da Manah, mas a imagem persiste. Confio que no futuro esse exemplo estimule outros empresários a segui-lo, a fim de consolidar os princípios da liberdade de iniciativa. Ademais, poderá ser também um exemplo de sucesso pelo caminho trilhado de começar pelo começo, de perseverar e de lutar sempre para conciliar os interesses dos acionistas, dos empregados e dos consumidores, confiando sem cessar no futuro do país.


Agro DBO: Qual a razão de o senhor ter vendido a Manah para a Bunge? Impossibilidade de concorrer com as multinacionais?


Fernando Penteado Cardoso: No decorrer da década de 1990 constatamos uma tendência crescente de vinculação da venda financiada do fertilizante com a compra antecipada da produção a ele vinculada. Havia uma espécie de troca de adubo por soja, por milho ou outro. Vimos que as grandes exportadoras (traders) de grãos tinham uma vantagem real e crescente nas vendas de adubo ao consumidor final. Adicionalmente, em janeiro de 1999, ocorreu uma dramática desvalorização do real perante o dólar que veio a elevar muito nossos compromissos de moeda estrangeira. Esses dois fatores nos levaram a procurar uma associação acionária com firma exportadora de grãos. Relatórios completos e realistas foram apresentados e discutidos, mas para grande surpresa apareceu uma interessada na aquisição do controle acionário e não em uma associação através de aumento de capital. As negociações foram condicionadas à igualdade de condições na transferência das ações com direito a voto, entre os acionistas fundadores e outros por eles influenciados. Todos receberam por suas ações idêntico valor unitário.


Agro DBO: A Agrisus surgiu depois da venda da Manah, para coroar o sonho da conservação dos solos? Através do plantio direto, ou com ele também?


Fernando Penteado Cardoso: A Manah sempre promoveu e financiou pesquisas nos campos da conservação do solo e da nutrição mineral das plantas. Entre os projetos destacaram-se as pesquisas sobre a movimentação dos íons em solo indeformado (IAC, 1953) e a movimentação do cálcio do gesso na mesma condição (UFL-Lavras, anos 1980). Foram pesquisas objetivando conhecer o melhor aproveitamento dos adubos e dos corretivos. Sempre nos preocupou evitar o desperdício do adubo pela erosão. Por anos seguidos pensamos em criar uma fundação paralela à Manah para gerenciar esses trabalhos. A Agrisus foi uma iniciativa que deu continuidade a esse esforço. Vem se dedicando à educação agrícola, a pesquisas variadas e à difusão do plantio direto como procedimento inigualável para conservação do solo. Até o final do ano de 2013 recebeu 1.271 consultas, das quais 640 foram aprovadas como auxílios, bolsas de estudo, participação e organização de eventos e projetos de pesquisa agronômica, dos quais 50,0% são relacionados a instituições públicas. Deve-se à Agrisus as avaliações anuais desde 2006 do Estado da Arte do Plantio Direto, analisado em 4 regiões climáticas diferentes. Além destas, foi realizado o mais importante levantamento até hoje feito no país sobre o estado da fertilidade do solo protegido pelo plantio direto. Por iniciativa e financiamento da fundação foram coletadas 2.342 amostras de terra, de 1.171 locais distribuídos pelas regiões das grandes culturas. A interpretação das análises das terras, agrupada em 4 regiões climáticas e em 3 classes de textura, resultou em dois relatórios inéditos na história da agronomia do país, um tratando da situação do fósforo, outro das bases trocáveis, sejam potássio, cálcio e magnésio, O estudo se baseou em um banco de dados com 63 mil informações que estão disponíveis para estudos adicionais pelos especialistas (ver em www.agrisus.org.br).


Agro DBO: Como cético das questões ambientais, diante do propalado aquecimento e mudanças climáticas, como o senhor vê a humanidade em termos de se prover de alimentos no futuro breve (10/20 anos)?


Fernando Penteado Cardoso: Meu ceticismo decorre dos exageros e demagogia que por vezes maculam as questões ambientais que possam prejudicar a segurança e o bem-estar do homem, dentre eles a floresta Amazônica como condicionante do clima, por exemplo. Na história da agricultura como produtora de alimentos, a cobertura vegetal sempre foi alterada pelo homem em benefício próprio. Não se tem notícia de algum desastre climático decorrente dessa alteração. Ganhou a produção agropecuária e, consequentemente, ganhou a espécie humana ao sobreviver pela abundância alimentar. A prevalecer o sistema climático atual, disporemos de áreas agricultáveis em situação de clima favorável. As condições apontadas propiciam uma vegetação alta que chamamos de floresta, a qual inibe a produção vegetal por vedar a incidência de luz responsável pela fotossíntese. A alimentação de uma população crescente, tanto em número como em anseios, vai exigir um acréscimo de área a plantar, a qual está localizada na região equatorial.


Agro DBO: Até quando a humanidade terá resistências ao uso do solo amazônico para a prática da agricultura? Quando a fome apertar?


Fernando Penteado Cardoso: A produção de alimento vai requerer a eliminação da sombra onde chove, tem luz e faz calor, além de altitude conveniente. Quando houver risco da falta de alimentos nos países ditos desenvolvidos, então, as exigências da sobrevivência vão superar a atual regra deles de "fazendas aqui, floresta lá", uma concepção acanhada de produtores do hemisfério Norte com vistas aos interesses da produção de hoje. Na situação futura do planeta Terra com 9 a 10 bilhões de habitantes, as restrições ambientais atuais serão repensadas.


Agro DBO: O que o produtor rural faz de errado em termos coletivos? Falta de associativismo, com representatividade no setor?


Fernando Penteado Cardoso: A expansão da nossa produção nos revela que os produtores vêm fazendo mais coisas certas do que erradas. Lamentavelmente, o associativismo padece da dispersão geográfica e também da multiplicidade de atividades na mesma unidade produtiva, as quais dificultam a solução de problemas comuns. Acrescente-se a essa desvantagem nossa teimosa tendência em achar que o governo deve tudo fazer, sem que os interessados se mobilizem para cuidar de parte de seus anseios. Esse comportamento levou a um centralismo excessivo dos poderes da nação, vindo a desestimular a ação direta para solucionar problemas locais. Herdamos esse sistema, essa maneira de agir, do absolutismo dos reis de Portugal e do exemplo conceitual da Igreja católica.


Agro DBO: Por que um jovem deveria pensar em cursar faculdade de agronomia?


Fernando Penteado Cardoso: Pelas perspectivas futuras oferecidas pelo país no médio e no longo prazo. O acréscimo de produção mundial de alimentos vai requerer o aumento da área cultivada no Brasil, pela razão básica de que aqui temos condições para essa expansão: chuva, calor, sol, topografia e vias fluviais, além de recursos humanos.


Agro DBO: Aos que já cursaram agronomia, o que devem fazer em prol da profissão?          


Fernando Penteado Cardoso: Repito aqui a receita enunciada em discurso como paraninfo na Esalq, em 2005: "exercer uma profissão é praticá-la conforme nossa preferência, mas sempre com interesse, dedicação, garra e responsabilidade. Ser profissional é também ter o foco voltado para os interesses da sociedade como um todo, em todos os seus níveis, e, ao mesmo tempo, zelar para que o ambiente que nos cerca seja favorável à vida, praticando a cidadania em sua plenitude. Vale lembrar que o sucesso nem sempre é representado por números e cifrões. Não que os números não tenham valor. São importantes para reforçar argumentos, evitando a tentação de se apoiar somente no raciocínio, por vezes de lógica ilusória, prática costumeira tachada de "achismo". Alguns dotes genéticos ou adquiridos - como a criatividade, a liderança sobre pessoas e o tino comercial - ensejam voos mais altos. Daí os exemplos de presidentes, ministros, banqueiros e homens de negócio renomados, que tiveram formação técnica, por vezes agronômica. Mas fiquem certos de uma coisa: os vários patamares do sucesso se condicionam sempre à dedicação ao trabalho, ao esforço, à honestidade de propósito, ao estudo, e especialmente à pertinácia. Dificilmente acontece também quando é desprezado o conselho dado pelo lembrado professor Piza, como paraninfo da turma de 1955: cuidem mais das questões de honra, do que dos problemas técnicos de sua profissão. Portanto, arregacem as mangas e vão em frente. Não se intimidem, nem se sintam diminuídos se tiverem que começar pelo começo. Estudem sempre, a vida toda, para manterem-se em dia com a ciência, com a tecnologia e com a economia. Tenham sempre disposição para mudar. Não se deixem fossilizar!"


Agro DBO: Afinal, paixão pelo que se faz é fundamental, ou só gostar um pouco já é suficiente?


Fernando Penteado Cardoso: Nada melhor do que as palavras de Steve Jobs, criador da Apple, como paraninfo em Stanford: "Seu trabalho irá preencher uma grande parte de sua vida, e a única maneira de você sentir-se verdadeiramente satisfeito é fazer o que você acredita ser um trabalho relevante. E a única maneira de executar um trabalho relevante é amar o que se faz. Se você ainda não encontrou esse trabalho, continue procurando. Não desanime. Como acontece com todos os assuntos sentimentais, você perceberá quando o encontrar. E, como qualquer relacionamento importante, ele se torna cada vez melhor com o passar dos anos. Assim, continue procurando até que o encontre. Não desanime"!