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Boi gordo: de olho no câmbio

por Fabio Lucheta Isaac
Terça-feira, 22 de abril de 2008 -09h48
Preocupado com a inflação, o Banco Central decidiu por um aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic), que agora está em 11,75%. De imediato, o dólar recuou para algo próximo a R$1,66.

Os exportadores estão preocupados. Juros altos atraem capital externo e favorecem a frouxidão cambial. O problema é que alguns economistas e analistas apontam que, até o final do ano, a Selic pode subir mais dois pontos porcentuais. Dessa forma, já se especula que o câmbio possa cair até R$1,60 por US$1,00.

Assim, diante da frouxidão cambial e da tendência de valorização da arroba, é possível que, em dólares, a cotação do boi gordo em São Paulo se aproxime, nessa entressafra, da cotação norte-americana, que oscila entre US$58,00/@ e US$61,00/@.

Em dólares, o boi gordo do Brasil já vale mais do que o da Austrália, do Uruguai e da Argentina, que sabidamente comercializam carne com mais valor agregado.

Hoje, para os frigoríficos brasileiros, estratégias eficientes em termos de redução de custos e agregação de valor são questão de sobrevivência. (FTR)