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Carta Grãos - Clima mudando o cenário para o milho

por Rafael Ribeiro
Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 -14h35

Os preços do milho subiram no mercado interno com a possibilidade de quebra de produtividade das lavouras de primeira safra, em função do clima desfavorável nas últimas quinzenas.

As elevadas temperaturas e a falta de chuva têm prejudicado também o avanço do plantio do milho de segunda safra, cuja expectativa já era de redução da área nesta temporada.

As especulações acerca da menor disponibilidade milho aumentou a movimentação no mercado interno nos últimos dias, gerando alta nos preços.

Na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos, que foi comercializada entre R$25,00 e R$26,00 em janeiro, ficou cotada em R$29,00 em fevereiro (14/2).

A alta em relação ao fechamento de janeiro é de 16,0%.




No último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), as produções de milho de primeira e segunda safras foram revisadas para baixo.

Para o milho de primeira safra, estão previstas 32,63 milhões de toneladas em 2013/2014. No relatório anterior, a produção foi estimada em 32,78 milhões de toneladas.

A queda maior na produção deverá ocorrer na segunda safra. São esperadas 42,89 milhões de toneladas de milho. Em janeiro, a estimativa era de 46,17 milhões de toneladas.

Na temporada passada (2012/2013) foram colhidas 46,12 milhões de toneladas na safra de inverno, um recorde.

Considerações finais

Diante das incertezas, os números referentes à safra brasileira de grãos poderão ser revisados para baixo nos próximos relatórios.

As próximas semanas serão decisivas.

Se chover em volume favorável, ainda será possível uma recuperação das lavouras, diminuindo as perdas. Permitiria também o avanço e a conclusão da semeadura do milho de segunda safra.

Caso contrário, as perdas em rendimento podem ser ainda maiores.

A previsão é de que as altas temperaturas continuem nas próximas semanas.

A boa notícia é que deve chover nos próximos dias, apesar do pequeno volume previsto para algumas regiões no Sudeste e Sul do país.

A partir do dia 20 de fevereiro os volumes de chuva deverão aumentar e a distribuição ser mais homogêneas.