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Como e onde tem crescido a pecuária leiteira na região Sudeste

por Juliana Pila
Terça-feira, 5 de novembro de 2013 -16h02

Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 32,3 bilhões de litros de leite produzidos no ano de 2012 pelo Brasil, a região que teve a maior concentração do leite produzido no país foi a região Sudeste, com 11,6 bilhões de litros de leite, ou seja, 35,9% da produção nacional.


Dentre os estados da região Sudeste, Minas Gerais é o mais significativo em volume de leite produzido, 8,9 bilhões de litros em 2012, representando 76,4% da região.


Em segundo lugar destaque para São Paulo com 1,6 bilhão de litros (14,6%); seguido por Rio de Janeiro com de 538,8 milhões de litros (4,7%); e Espírito Santo, 456,5 milhões de litros (3,9%).


Ao analisarmos o crescimento dos estados da região desde 2000 até 2012 (figura 1), observa-se a grande crescente da produção de leite em Minas Gerais, aumentando em 3,0 bilhões de litros de leite nestes 12 anos, ou seja, aumento de 34,1%.


Esse bom resultado de Minas Gerais, representando mais que um quarto da produção nacional, 27,5%, deve-se ao grande rebanho de bovinos com aptidão leiteira, pela produtividade anual por vaca, e pela questão cultural na produção de leite no estado.


São Paulo foi o único estado da região Sudeste que teve queda na produção de leite desde 2000 até 2012, queda de 10,1%, explicado pela grande competição de terras com outras atividades, e os altos custos de produção desestimulando os produtores a continuar na atividade.


Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados com menores produções, obtiveram bons crescimentos ao analisarmos desde o ano 2000, 13,0% e 17,1% respectivamente, porém pouco significativo, representando, quando somada à produção dos dois estados, 8,5% da produção de leite brasileira. 



Produção de leite por mesorregião


Na figura 2, no qual as regiões estão divididas em mesorregiões, as cores mais escuras representam as maiores produção de leite. As mesorregiões dos estados do Sudeste estão identificadas com os nomes.



Em São Paulo a produção no estado é distribuída de forma homogênea nas mesorregiões.


Destaque para a região de São José do Rio Preto, maior produtora do estado, com 296,7 milhões de litros no ano de 2012. Contudo, esta teve uma redução de 9,5% no volume produzido no ano de 2012, na comparação com 2011.


Outra região que teve queda na produção no período foi a região de Presidente Prudente, que representa 7,3% da produção paulista e teve queda de 9,9% na produção leite no ano de 2012 em comparação com o ano anterior.


As regiões de Campinas e do Vale do Paraíba foram as regiões do estado que tiveram os maiores incrementos na produção no ano de 2012 quando comparado com 2011, 31,6% e 10,7%, respectivamente.


Em Minas Gerais a produção de leite concentra-se nas regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas, que juntas em 2012 produziram 41,8% do leite do estado.


A região que obteve um maior acréscimo na produção, em 2012, foi a Central de Minas, produzindo 790,6 milhões de litros de leite em 2012, aumento de 10,2% em relação a 2011.


O Norte de Minas teve grande queda na produção no período, devido a forte seca que atingiu a região e resultou em falta de volumoso para alimentação do gado, queda de 12,6% em relação a 2011.


No Rio de Janeiro a produção de leite é bem distribuída pelo estado, com exceção das regiões Metropolitana e Baixada Fluminense.


Em relação ao crescimento em 2012, nas mesorregiões do Rio de Janeiro, em relação a 2011, o destaque é o Norte Fluminense, que obteve um crescimento de 31,6% na produção de leite em um ano.


O Espirito Santo também possui a produção de leite bem distribuída no estado, apesar da pouca representatividade em relação à produção nacional, 1,4%. No estado houve um pequeno crescimento em 2012, 1,2%, em relação a 2011, o dobro da média do crescimento nacional.


A mesorregião no estado que deve ser destacada é a região Central Espírito-santense, onde teve uma queda de 10,4% na produção de leite no último ano em comparação a 2011.


Colaborou Fernando Giglio, zootecnista em treinamento pela Scot Consultoria.