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Biotecnologia permite aumento da produção agrícola e evita desmatamento

Segunda-feira, 22 de julho de 2013 -17h59

O uso da tecnologia no campo, incluindo a biotecnologia e consequentemente o transgênico, permite o aumento da produção de alimentos, sem a necessidade de aumentar a área plantada e derrubar nenhuma árvore. A afirmação é do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (APROSOJA/MS - Sistema FAMASUL), Lucas Galvan.


De acordo com Galvan, engenheiro agrônomo e também assessor técnico da Federação de Agricultura e Pecuária do MS (FAMASUL), para produzir uma saca de soja, em 1990, era necessária, em média, uma área de 250 metros quadrados, já para a produção de uma saca de soja com o pacote tecnológico disponível atualmente a área utilizada é 143 metros quadrados, o que significa uma diferença de 75%.


"A biotecnologia permite aumento da produção, melhorando a eficiência técnica e econômica das lavouras, levando a agricultura à escala comercial, atendendo a população e contribui para a redução da fome no mundo", argumenta.


O diretor executivo informou que os transgênicos, presentes no mercado internacional e nacional há mais de dez anos, são organismos manipulados geneticamente para adquirir as características escolhidas pelo homem, com alteração do genoma. "O primeiro Organismo Geneticamente Modificado foi desenvolvido na década de 70 e teve como resultado a produção de insulina, medicamento utilizado hoje no tratamento da diabetes. Isso comprova o objetivo dos transgênicos de trazer benefícios aos seres humanos e não apenas o aumento da produção de alimentos".


Galvan enfatizou que em MS, 95% das lavouras de soja na 2012/2013 foram cultivadas com sementes transgênicas. Em todo país, o avanço das sementes geneticamente modificadas foi de 21% na comparação com a safra anterior, enquanto que a nível mundial o crescimento foi de 6%. "Já consumimos, há muito tempo, produtos transgênicos de forma direta ou indireta. E até agora não vimos resultados negativos para a saúde humana", concluiu.


Galvan considerou que a tecnologia deve ser usada de forma correta, evitando o surgimento de resistências, como aconteceu com a lagarta Helicoverpa. O tema teve repercussão devido às resistências de algumas espécies de lagartas desfolhadoras em lavouras de milho que faziam uso de sementes modificadas geneticamente. "Esta situação específica trouxe impacto mais econômico e agronômico, do que ambiental", ressalta Galvan.


De acordo com o engenheiro agrônomo é cada vez maior o uso da tecnologia que, se usada adequadamente, traz ganhos agronômicos e permitiu até o momento menor uso de água e combustíveis, reduzindo a emissão de CO2, devido à diminuição das atividades mecânicas na lavoura.


Fonte: FAMASUL. 19 de julho de 2013.