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Amapá cria rota marítima com 150 países e fortalece o agronegócio

por Rogério Lopes Banin
Terça-feira, 9 de outubro de 2012 -12h13

O Amapá criou uma nova rota de transporte marítimo entre o Porto de Santana e cerca de 150 países.


A nova rota será operada pelas empresas CMA CGM e Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport).


Estima-se que R$5 milhões foram investidos na faixa litorânea depois que a companhia, do Grupo Agrosoja, de Mato Grosso, anunciou que vai instalar um porto privado na Ilha de Santana para exportar soja e milho.


A criação da Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport) é formada por investidores dos municípios de Lucas do Rio Verde e Sorriso, no Mato Groso, grandes produtores de soja e milho.


Já esta em construção um porto graneleiro na Ilha de Santana com armazém e silos para exportar milho e soja.



Os empresários do Centro-Oeste tinham três alternativas para escoar sua produção, cujos destinos atuais são os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR): Santarém, Belém e Santana.


Devido ao entendimento e parcerias com as autoridades do estado e do município foi escolhido o Amapá.


A Cianport adquiriu as posses e indenizou as benfeitorias dos moradores, que residiam às margens do rio Amazonas.


A empresa tem a licença prévia do IMAP para a construção dos silos, mediante o cumprimento de duas condicionantes, sendo que a primeira foi a assinatura do Termo de Cooperação, que disponibilizará um recurso no valor de R$3 mil mensalmente para a Revecom até o final de 2013.


Além da assinatura do termo, a empresa apresentou o plano de controle ambiental desse projeto na Companhia Docas de Santana e, por meio dessa apresentação, a empresa cumpre a segunda condicionante para que o Instituto possa analisar e emitir a licença de instalação.


Com a conclusão deste projeto em 2013/2014 vai reduzir 1.100 km de rodovias e colocar 800 km de hidrovias no transporte dos grãos até o porto da Ilha de Santana.


Além do impulso no agronegócio do Amapá esta nova rota ampliará o comércio exterior entre o Brasil e a Europa, os Estados Unidos, o Caribe e a Ásia para o escoamento de produtos como caulim, celulose, madeira e ferro e evitará a passagem pelo Pará, retendo recursos e empregos no Amapá.


A abertura de uma rota internacional possibilita o avanço do comércio de cargas no Amapá, pois os serviços que eram gerados no Pará passam a ser feitos no estado, o que exige mais mão de obra, gera emprego e renda, baixa os custos, promove a competitividade e barateia os produtos que entram e saem do estado.


O potencial do Porto de Santana e os benefícios da nova linha de navegação são inúmeros, pois anteriormente, a importação de contêineres que vinha para o Amapá não era descarregada no Porto de Santana e sim no Porto de Belém (PA), o que elevava custos para os importadores e exportadores.